Fechando o cerco

Governo antecipa fechamento do espaço aéreo em terra Yanomami

Objetivo é acelerar a saída de garimpeiros. “Até a data programada, 6 de abril, teremos o fim dessa atividade ilegal”, afirmou o ministro da Justiça, Flávio Dino

Fernando Frazão/Agência Brasil
Fernando Frazão/Agência Brasil
Presença de garimpeiros na região caiu de 20 mil para algumas centenas

São Paulo – O governo federal decidiu antecipar para 6 de abril o fechamento do espaço aéreo no território indígena Yanomami, em Roraima. Os ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio, anunciaram a decisão nesta quinta-feira (23). O objetivo é acelerar a saída de garimpeiros ilegais que insistem em permanecer na região.

Os dois ministros disseram que a quantidade de garimpeiros que ainda permanece na terra indígena caiu de forma significativa, contando-se agora na casa de centenas. Anteriormente, havia cerca de 20 mil na terra Yanomami.

De acordo com o ministro da Defesa, os voos ilegais na região também diminuíram. Dos cerca de 40 voos diários anteriormente, atualmente são apenas “um ou dois” por dia. “Vamos dar mais este prazo para a partir do dia 6 de abril fechar completamente”, disse Múcio.

Até então, o espaço aéreo na terra Yanomami ficaria aberto até 6 de maio. Mas os integrantes da força-tarefa que atua na região avaliaram que o prazo poderia contribuir para a demora na “desintrusão” do território. Assim, os ministros esperam encerrar as atividades de garimpo ilegal já no próximo mês.

Nesse sentido, os ministros decidiram intensificar já nos próximos dias as operações de prisões e apreensões da Polícia Federal nas áreas onde ainda há a ação de garimpeiros. “Identificamos as áreas em que ainda há, nesse momento, operações de garimpo. Também identificamos áreas onde há apoio a essas operações ilegais e esses serão alvos nos próximos dias de ações da Polícia Federal”, disse Dino.

“O que estamos afirmando é que Defesa e Justiça vão ampliar essas ações agora no mês de março e com certeza até a data programada, 6 de abril, nós teremos o fim dessa atividade ilegal no território Yanomami”, acrescentou o ministro.


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