justiça e reparação

CIDH vai investigar o Estado brasileiro pelos crimes de maio de 2006

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) vai investigar as mais de 500 mortes em maio de 2006, promovidas, supostamente, por grupos de extermínio

reprodução/ggn
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Em 2015, o movimento Mães de Maio, que luta pela memória, verdade e justiça às vítimas dos crimes cometidos, entrou com um pedido na Procuradoria Geral da República (PGR) pelas mortes de seus filhos

São Paulo – A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), vai investigar o Estado brasileiro pelas mortes e desaparecimentos que aconteceram em maio de 2006. Por 10 dias consecutivos, entre 12 e 21 daquele mês, revide das forças policiais a ataques praticados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) deixaram ao menos 564 mortos e cerca de 100 feridos. O episódio é considerado o maior massacre da história recente do país.

“A CIDH pode julgar e condenar o Brasil por violações de direitos humanos e pela impunidade nas investigações dos Crimes de Maio, em 2006. Aproximadamente 564 pessoas morreram em ataques supostamente orquestrados por grupos de extermínio no estado de São Paulo”, afirma a ONG Anistia Internacional.

A denúncia

A denúncia encaminhada à OEA foi feita pelo Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria Pública de São Paulo, em 2015. O órgão pede que a Comissão reconheça as violações cometidas pelo Estado brasileiro contra as vítimas e determine a reparação integral necessária. Mesmo após 15 anos, as autoridades públicas brasileiras não deram nenhuma resposta às famílias das vítimas.

Em 2015, o movimento Mães de Maio, que luta pela memória, verdade e justiça às vítimas dos crimes cometidos, entrou com um pedido na Procuradoria-Geral da República (PGR) pelas mortes de seus filhos. Diante da demora na federalização da investigação, a Defensoria Pública e a ONG Conectas Direitos Humanos encaminharam a denúncia à OEA.


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