diversidade

Campanha defende tributar super-ricos para garantir políticas à população LGBT+

Ampliação de impostos sobre heranças e grandes fortunas garantiriam recursos para ampliar políticas públicas a grupos atingidos por preconceitos

Rovena Rosa/Agência Brasil
Rovena Rosa/Agência Brasil
27ª Parada do Orgulho reivindicou a inclusão na assistência social e em programas de habitação

São Paulo – No último final de semana, milhares de pessoas participaram da 27ª Parada do Orgulho LGBT+ que Avenida Paulista, em São Paulo. Com o lema Queremos Políticas Sociais Para LGBT+ por inteiro e não pela metade a manifestação reivindicou a ampliação de direitos sociais. Nesse sentido, a campanha Tributar os Super-Ricos defende um sistema tributário mais justo para a construção de um país mais diverso.

“Tributar os super-ricos é bandeira de todo mundo que quer um país mais justo para ter espaço para sonhar. Corrigir a grande injustiça que é ser um dos países mais desiguais do mundo é o desejo que mora no coração de quem quer a paz que pode ter todas as cores”, diz postagem da campanha nas redes sociais.

Como uma das principais reivindicações, a população LGBT+ quer ser incluída e representada no Sistema Único de Assistência Social (Suas). O movimento argumenta que sistema de proteção aos cidadãos, famílias e comunidades “mostra-se fragilizado quando se trata do público LGBT+”. Dessa forma, a organização da Parada do Orgulho ressalta que é urgente “enfrentar a discriminação e a exclusão, que agrava a situação dessas pessoas, além de fomentar o vício em drogas, o que as leva à viver nas ruas e passar fome”.

Outra demanda da população LGBT+ é por uma política habitacional mais inclusiva. O grupo reclama, por exemplo, que no programa Minha Casa Minha Vida não há uma cota específica de moradias para pessoas LGBT+ de baixa renda.

Para a campanha Tributar os Super-Ricos – que reúne mais de 70 organizações sociais, entidades e sindicatos –, um país mais justo e igualitário é possível. Desse modo, as organizações defendem reduzir os impostos para quem ganha menos, e aumentar a tributação sobre a renda, o patrimônio e a herança dos estratos mais ricos da população. Além de um sistema mais justo, a ampliação da arrecadação serviria para ampliar políticas públicas em benefício das populações mais pobres e grupos marginalizados.