Novo ‘sopão’ critica política da prefeitura de São Paulo contra moradores de rua

Ato ocorre a partir de 17h na frente da prefeitura

Gestão Kassab tem sido amplamente criticada por política de remoção forçada e violência contra população de rua (Valter Campanato/ABr)

São Paulo – Organizações sociais, estudantes e artistas fazem nesta sexta-feira (27) um ato público na frente da Prefeitura de São Paulo, às 17h, para denunciar a política higienista da gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) contra moradores de rua.

Pautas das organizações sociais e políticas

– Pelo fim da perseguição às famílias sem-teto do centro e de toda a a cidade;
– Pelo fim da internação compulsória e a repressão na cracolândia;
– Pelo fim da repressão aos movimentos sociais e estudantil;
– Contra os toques de recolher e o assassinato do povo negro da periferia;
– Contra o projeto nova Luz e a especulação imobiliária;
– Contra a repressão policial;
– Governos civis nas subprefeituras, saída dos militares; 
– Liberdade de trabalho aos camelôs;
– Contra a onda proibicionista à cultura, à sociabilidade da população, às manifestações e marchas comemorativas em vias públicas. 

Serão servidos pratos com sopa aos participantes. A atividade é uma sequência do dia 6 de julho, do ato Sopaço da Gente Diferenciada, divulgada na rede social Facebook. O ato criticava a intenção da prefeitura – que não chegou a ser concretizada – de proibir instituições voluntárias de distribuir sopa aos moradores de rua.

“A revolta contra as ações do governo Kassab vem de longa data e infelizmente são poucos os atos que levam a questão às ruas”, afirma o estudante de Letras da USP e um dos organizadores do ato, Daniel Souza Silva.

Segundo Daniel, as denúncias podem ser provadas. “Temos as imagens e as declarações que denunciam a orientação, por exemplo, da polícia em agredir os moradores”, disse. De acordo com o estudante, os moradores de rua sabem que voltarão a ser agredidos. “Ainda assim, é importante que mais pessoas se integrem ao ato, para dar visibilidade ao assunto”, afirmou.

Entre as denúncias do ato estão a violência policial, a perseguição às famílias sem-teto do centro e de toda a cidade, o toque de recolher e o assassinato da juventude, especialmente a negra, e ações que têm prejudicado os camelôs.

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