Não passarão

A memória vence a barbárie: Constituição roubada no domingo é recuperada no interior de Minas

Exemplar estava em São Lourenço. STF iniciou ontem trabalhos de recuperação do plenário

Reprodução/Twitter
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Réplica recuperada: governo não confirmou se ladrão foi preso

São Paulo – A réplica da Constituição de 1988 roubada por um seguidor bolsonarista durante os atos de terrorismo no último domingo (8) contra o Supremo Tribunal Federal (STF), foi recuperada nesta quinta-feira (12). Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o ladrão estava em São Lourenço, conhecida estância hidromineral no interior de Minas Gerais. A assessoria não confirmou se o autor do crime foi preso. A Carta foi promulgada em 5 de outubro daquele ano por Ulysses Guimarães, que a chamou de “Constituição cidadã”.

“A Constituição que os terroristas roubaram no STF foi apreendida e recuperada. Viva a Constituição! Ela venceu e sempre vencerá”, postou o ministro Flávio Dino em rede social. O Supremo tem um original da Carta, intacto, guardado no museu, no subsolo do prédio. A área não foi atacada.

De acordo com o STF, equipes de limpeza, arquitetura, conservação, restauração, entre outras, iniciaram ontem (11) os trabalhos de recuperação do plenário. “A reconstrução do espaço para a reabertura do Ano Judiciário, em 1º de fevereiro, é obra prioritária no STF, apesar do início das ações também nos outros andares do edifício-sede.”

Profissionais começaram a recuperação de áreas danificadas: prioridade é deixar o plenário pronto para abertura do Ano Judiciário, em 1º de fevereiro (Foto: STF)

Os trabalhos de recuperação do prédio do STF foram iniciados a partir da conclusão da perícia da Polícia Federal. Mobiliário danificado, como cadeiras dos ministros e do plenário, foi retirado para recuperação. Os funcionários também recolheram caco de vidro e lixo e limparam pichações nas vidraças. Além disso, profissionais de restauro começaram a coletar obras de arte danificadas.

O laudo da PF deverá levar aproximadamente 30 dias. A averiguação foi feita por 50 peritos e papiloscopistas, “que coletaram digitais, materiais genéticos, pegadas e outros itens que visam identificar como ocorreram os crimes contra o STF e quem os praticou”. O próximo passo é cruzar esses dados com informações das pessoas detidas após depredar a Corte.

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