atendimento a dependentes

Ministério Público de São Paulo exige reforma de centro para dependentes químicos

Falta de leitos e sanitários faz com que internos tenham de dormir no chão e em bancos. Se reforma não for feita, centro poderá ser fechado

Reprodução CBN

O promotor critica a internação compulsória e afirma que o centro não tem condições de receber os dependentes

São Paulo – O Ministério Público Estadual de São Paulo abriu inquérito civil público, na semana passada, contra o Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas do estado (Cratod), localizado na região da Luz, no centro da capital. Após vistorias, os promotores constataram que o Cratod, mantido pelo governo do estado, possui infraestrutura precária e não consegue abrigar a demanda de dependentes químicos a que se propõe receber. A falta de leitos faz com que as pessoas internadas em período de observação durmam no chão, em bancos ou em sofás.

Segundo o promotor de direitos humanos da área de saúde pública do MPE, Arthur Pinto Filho, que acompanha a situação da cracolândia desde 2012, as instalações precisam passar por reformas para que o Cratod esteja em operação. Caso contrário, o MPE poderá pedir o fechamento do local.

Atualmente, o Cratod tem apenas 15 leitos para atender aos dependentes em período de observação, que dura de 24 horas a 48 horas. “Por meio de vistorias feitas pelos Conselhos Regionais de Medicina, Psicologia e Enfermagem, nós conseguimos detectar que o local tem muitos problemas. são poucos os banheiros e as camas para que as pessoas possam ficar ali internadas”, explica.

O governo paulista chegou a anunciar “reformas para melhorar as condições de atendimento dos dependentes químicos”, entretanto, a informação não foi enviada oficialmente ao MPE para constar do inquérito. “Se essa informação se confirmar e a reforma for feita, o inquérito só acompanhará a reforma. Porém, se ela não for feita, nós teremos que pedir, em juízo, a reforma do local ou o seu fechamento”, afirma o promotor.

Ouça a reportagem completa de Vera Rodrigues para a Rádio Brasil Atual

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