Copa das Confederações

No ritmo de Pirlo, Itália bate o México por 2 a 1

Italianos mostraram um meio de campo muito coeso, comandado por Pirlo, e um ataque dependente da força de Mario Balotelli

Tânia Rêgo/ABr

Pirlo, maestro do meio-campo italiano, cobra falta com perfeição e tira o goleiro da foto

A Itália venceu o México por 2 a 1 no primeiro jogo deste domingo (16) e começou a desenhar o quadro de forças do grupo brasileiro da primeira fase da Copa das Confederações. Os italianos mostraram um meio de campo muito coeso, comandado por Pirlo, e um ataque dependente da força de Mario Balotelli. Já o México deu a impressão de não ter entrado em campo.

A Azurra controlou o jogo desde o início, com toque de bola e marcação bem armada no meio-campo formado por Montolivo, De Rossi e, principalmente, Pirlo. É ele quem comanda o ritmo do time, com visão de jogo e passe de qualidade rara. As jogadas foram surgindo, mas paravam na falta de contundência ofensiva do time, exceto quando caíam nos pés de Balotelli, que chuta tudo que é bola que vê pela frente para o gol. Em geral, com perigo.

Do lado mexicano, um jogo muito travado, sem criatividade. A linha de quatro jogadores no meio formada por Zavala, Torrado, Guardado e Aquino mostrou pouca movimentação. Apenas Giovanni dos Santos e Chicharrito Hernández levaram algum perigo.

Nessa toada, o controle da Itália só se manifestou no placar com uma bola parada. Pirlo cobrou com perfeição aos 26 minutos e mandou a bola no ângulo direito de Corona, que no meio do pulo até desistiu de tentar pegar. Nos lances de replay mostrados pelas TVs, sob alguns ângulos ele nem aparece na imagem. O gol coroou a bela atuação do volante, que fez seu centésimo jogo pela seleção italiana.

O México então tentou uma pressão, mas errava muitos passes e mantinha suas limitações criativas. O empate veio de um presente do zagueiro italiano Barzagli, que vacilou numa saída de bola e teve a carteira batida por Giovanni. Sem saída, fez um pênalti, convertido por Chicharrito aos 32 minutos.

No segundo tempo, o treinador mexicano trocou o apagado Aquino pelo lateral-direito Mier e mudou um pouco o time, adiantando Flores pela ponta direita e abrindo Giovanni do lado oposto. Guardado mais centralizado deveria ter a função de municiar Chicharrito, junto com Torrado. O time recuou, aceitou a pressão italiana e passou a buscar um contra-ataque. Não funcionou, e a Itália seguiu mandando no jogo, no ritmo de Pirlo, mas sem chegar efetivamente ao gol. De concreto, Flores prendeu lá atrás o bom lateral-esquerdo De Sciglio, que foi boa opção ofensiva no primeiro tempo.

A paciência da Azurra foi recompensada aos 32 minutos, quando Balotelli transformou um passe meio estranho de Giacherini em gol. Jogada do proverbial centroavante rompedor, levando no peito e na força dois zagueiros mexicanos.

Destaques e perebas

Pirlo foi fácil o melhor jogador em campo. Muita visão de jogo, tranquilidade e passes certeiros. O time da Itália tem a sua cara. O outro foi Balotelli, centroavante forte e habilidoso. Do lado mexicano, foi um jogo ruim de todos, mas o esperto e técnico Giovanni dos Santos tem menos culpa no cartório.

Entre os desastres, dois zagueiros: Barzagli, o papai noel que deu um gol ao México, e Rodriguez, estabanado capitão mexicano.

Itália 2 x 1 México

Itália
Buffon; Abate, Barzagli, Chiellini, De Sciglio; Pirlo, Montolivo, Marchisio, Giaccherini (Aquilani), De Rossi; Balotelli (Gilardino)

México
Corona; Gerardo Flores, Rodriguez, Hector Moreno, Carlos Salcido; Eduardo Zavala (Jimenez), Torrado, Aquino (Nier), Guardado; Giovanni dos Santos, Chicharrito Hernández