Copa das Confederações

Seleção à la Felipão e Parreira estreia com 3 a 0

Gol de Neymar logo aos 3 minutos do primeiro tempo e boa marcação do Brasil tornaram fácil a vitória. Paulinho e Jô completaram o placar

Jefferson Bernardes/Vipcomm

Neymar fez uma boa partida e ajudou na vitória tranquila do Brasil com um golaço de fora da área

Jogos de Brasil e Japão costumam ter muita marcação, uma correria danada e contra-ataques perigosos por conta dos nipônicos. Mas o gol de Neymar logo aos 3 minutos do primeiro tempo desmontou esse enredo. Toque de peito de Fred e um chute de fora da área que entrou perto do ângulo, sem chance para o goleiro Kawashima, que passou o resto do primeiro tempo praticamente sem pegar na bola.

Porque o Brasil voltou a lembrar a seleção de 1994, de Parreira, muito toque de lado e posse de bola, que chegou a 70% no primeiro tempo. Causado em parte pela marcação do time japonês, que concentrava a maioria dos jogadores no meio de campo. Mas as chances foram poucas dos dois lados, porque o Brasil também defendia com oito jogadores, só deixando Fred e Neymar mais adiantados. Oscar, às vezes, virava um terceiro volante. Ou segundo, porque muitas vezes Luiz Gustavo recuava e fazia o terceiro zagueiro, esquema usado por Felipão em 2002. O primeiro tempo acabou sem muita emoção, mas quase sem risco para o Brasil, com boa defesa e atuação segura de Júlio César nas poucas bolas chutadas pelos japoneses.

No início da etapa complementar novo gol. Bola vem da direita, zaga do Japão não corta e sobra para Paulinho, sozinho na área, finalizar. Acalmado, a partir daí o Brasil domina a partida totalmente e as jogadas começam a aparecer pelas pontas, principalmente com Neymar e Oscar, que passa a ajudar pela esquerda.

O Japão parece cansado e não oferece perigo à boa marcação do Brasil. Aos 28, Neymar sai para a entrada de Lucas, pedido pela torcida. Aos 30, Hernanes entra no lugar de Hulk e poucos minutos depois Jô substitui Fred. Destaque para a jogada final, aos 48 do segundo tempo, em que num contra-ataque Oscar vai pela esquerda e faz assistência para Jô infiltrar no meio de dois zagueiros e fazer o terceiro. Jogada perfeita, que há muito não se via na seleção.

Destaques e perebas

No Brasil, Neymar voltou a jogar bem e Oscar fez lembrar o que é um camisa 10 nos passes e ainda ajudou bastante na marcação. Se o lado esquerdo funcionou bem com Neymar e Marcelo, a direita com Daniel Alves e Hulk não ajudou muito, ficando sem criar nenhuma jogada aguda em toda a partida. Hulk pelo menos voltou muito na ajuda à marcação, fechando o lado direito. Os zagueiros foram seguros e o goleiro Júlio César também fez boas defesas, numa partida em que quase todo o time atuou de maneira segura.

Do lado japonês, o destaque foi o meia Shinji Kagawa, que correu muito e fez boas jogadas, mas também acabou cansando.

Brasil 3 x 0 Japão

Brasil

Júlio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo, Luiz Gustavo, Paulinho, Oscar, Hulk (Hernanes), Neymar (Lucas), Fred (Jô).

Japão

Kawashima, Atsuto Uchida, Maya Yoshida, Konno, Nagatomo, Endo (Hosogai), Hasebe, Kiyotake (Maeda), Honda, Shinji Kagawa, Shinji Okazaki.