Diário do Bolso

Contei lá na Fiesp que demiti a chefa do Iphan porque o Véio da Havan pediu

A história é a seguinte: a Havan ia fazer uma loja lá em Rio Grande. Aí encontraram uns lixos no terreno. Tipo cacos de prato ou cocô de índio petrificado. E, só por causa disso, a obra parou

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Diário, tô mais mal falado do que padre que peida na missa.

E por quê?

Por uma bobeirinha de nada.

É que, essa semana, numa reunião lá na Fiesp, contei que demiti a chefa do Iphan porque o Veio da Havan pediu.

Os fiespanos riram à beça. Mas a comunistaiada caiu em cima de mim.

A história é a seguinte: a Havan ia fazer uma loja lá em Rio Grande. Aí encontraram uns lixos no terreno. Tipo cacos de prato ou cocô de índio petrificado. E, só por causa disso, a obra parou.

O treco tava mais demorado que enterro de rico. Então o careca reclamou comigo. Na época eu nem sabia o que era Iphan, que nesses negócios de cultura eu tô mais por fora que cotovelo de caminhoneiro. Mas me informei e despedi a mulher, uma tal de Kátia Bogéa, que era historiadora.


Acabei colocando lá a Larissa Dutra, mulher de um ex-segurança meu, o Gérson. Ela é formada em Hotelaria. Ou seja, não é museóloga mas é hoteleóloga. E museu e hotel é quase a mesma coisa: os dois precisam de ar condicionado.

Logo que eu coloquei a Larissa lá, um deputadinho aí, um tal de Marcelo Calero (Cidadania-RJ), entrou com uma ação pedindo o afastamento da menina, só porque ela não entendia nada de patrimônio histórico.


Bom, aí teve uma liminar afastando a Larissa, mas a liminar foi cassada e a garota voltou pro emprego. Só que agora, por conta da minha palestra lá na Fiesp, riparam a menina de novo.

E, por conta disso, um deputado do PT da Bahia, um tal de Jorge Solla, já fez um pedido pra me impitimarem. Tudo bem, o Lira segura mais esse.


Ah, aquele senadorzinho Randolfe Rodrigues também fez uma queixa-crime contra mim. Mas o sorteio fez a bagaça cair nas mãos do André Mendonça. E com esse aí eu fico mais sossegado que vaca na Índia.


Agora me diga, Diário, vale a pena todo esse furdunço só por causa de uns pratos quebrados? Na Havan vai ter louça chinesa do Paraguai muito melhor.


O chato mesmo é que, apesar de tudo, o ingrato da Havan elogiou o Moro essa semana. Postou vídeo do juizeco e tudo.


É como diz aquele ditado: “os ratos são os primeiros a abandonar o navio”. Ou, no caso, o avião presidencial.

Torero

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