Contra a impunidade

Para marcar um mês do crime da Vale, entidades fazem ações de solidariedade

Movimentos estão organizando para esta segunda (25) manifestações, audiências públicas e debates para impedir que tragédia de Brumadinho caia no esquecimento

Corpo de Bombeiros MG

Balanço da Defesa Civil desta quinta (21) aponta que 134 pessoas continuam desaparecidas e 176 estão mortas

São Paulo – Um mês após o crime da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, completados nesta segunda-feira (25), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, ao lado de outras entidades parceiras, organizam ações de solidariedade às famílias atingidas pelo rompimento da barragem.

Sob a bandeira “O lucro não vale a vida! Pelos direitos dos atingidos, basta de impunidade”, os movimentos também buscam alertar a população sobre as consequências sociais e ambientais de outro crime, ocorrido há pouco mais de três anos por conta da ação da mineradora Samarco, em Mariana (MG), que tinha a Vale como uma de suas administradoras.

O intuito das entidades é participar de audiências públicas, debates, intervenções culturais e atos para impedir que a tragédia de Brumadinho caia no esquecimento.

Em nota, os movimentos justificaram que “os atingidos vivem a dor das perdas, angústia e indignação com a falta de respostas, enquanto que há tentativas da empresa em protelar ou evitar as reparações (muitas vezes irreparáveis) e fugir de suas responsabilidades”. Nesta quinta-feira (21), após tentativas de postergar a conclusão dos processos de indenização, segundo atingidos, a mineradora assinou um acordo para dar garantias às famílias. 

O mais recente balanço da Defesa Civil de Minas Gerais, divulgado nessa quinta-feira (21), mostrou que há ainda, quase um mês após o crime, 134 pessoas desaparecidas e o número de mortos já chega a 176, além da contaminação do rio Paraopeba localizado na região.