Sindicatos de Honduras anunciam greve geral
Equipe da teleSur afirma que continuará trabalhando no país mesmo depois de terem sofrido repressão policial no último fim de semana
Publicado 13/07/2009 - 18h53
Depois de 16 dias de protestos, sindicatos e centrais de trabalhadores de Honduras anunciaram a convocação de uma greve geral contra o governo golpista de Roberto Micheletti.
A paralisação, ainda sem data para início, foi motivada pela repressão a jornalistas da teleSur, uma emissora internacional financiada majoritariamente pela Venezuela. Além disso, sindicalistas alegam estarem sendo perseguidos por militares.
A Confederação Sindical dos Trabalhadores e das Trabalhadoras das Américas acusa a existência de uma lista de líderes ameaçados e pede a ajuda da Organização dos Estados Americanos (OEA) na garantia do respeito aos direitos humanos.
O coordenador político da entidade, o venezuelano Ivan González, afirma que os sindicalistas são o primeiro alvo pela capacidade de mobilização da sociedade. “É uma reação natural de um regime de força. Tem que transmitir terror negro para tentar desmobilizar a população”, afirma em entrevista ao Jornal Brasil Atual.
Raptados no último sábado e soltos depois de mediação das embaixadas de Venezuela e Nicarágua, os profissionais da teleSur trabalham agora sob esquema forte de segurança e parte da equipe foi levada para a Nicarágua.
Governo legítimo
Até o momento, não há nenhuma reunião confirmada para esta semana entre os representantes do presidente Manuel Zelaya e os golpistas. A intermediação do diálogo é realizada pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias.
Com informações da Agência Bolivariana de Notícias.