Na internet, 44% das manifestações são contrárias a Dilma, diz pesquisa

Pesquisa revela que comentários neutros e negativos sobre os primeiros dias de mandato dominaram nas redes sociais

Em seus primeiros dias de governo, presidenta Dilma foi mais criticada que elogiada nas redes sociais (Foto: Antonio Cruz/ABr)

São Paulo – A repercussão na internet sobre os primeiros dias do mandato da presidenta Dilma Rousseff foi, em sua maioria, negativa. O levantamento foi realizado entre 25 e 30 de janeiro pela MITI Inteligência, empresa voltada ao monitoramento de mídia e de redes sociais. O alvo da pesquisa foi a posição expressa em redes sociais, blogues e portais notícias online.

Segundo a pesquisa, 43,99% dos comentários foram negativos. A maioria deles teve a ausência da presidenta da rede de microblogue Twitter depois da eleição. Os concorrentes de Dilma no pleito mantiveram-se ativos, o que despertou comparações por parte de internautas. Outros 48,76% das manifestações monitoradas foram neutras e 7,25%, positivas. Procurada, a Secretaria de Comunicação da Presidência não quis comentar o estudo.

A conclusão da pesquisa é de que o governo Dilma trouxe inicialmente “temas brandos” e “discussões pontuais”, em consequência da discrição da presidenta. Para a gerente de marketing da MITI, Elizângela Grigoletti, os comentários negativos não significam necessariamente avaliação ruim do governo. “Isso mostra que os internautas ainda estão apreensivos em relação à atuação da nova presidente. É um indicativo de desconfiança da população, que anseia pelo cumprimento das promessas de campanha”, analisou.

Durante o período analisado, mais de 18 mil menções ao nome da presidenta foram analisados no Twitter, Facebook, YouTube, fóruns e blogues em geral. Aproximadamente 6.430 notícias foram publicadas em veículos de mídia convencional na internet, majoritariamente no Sudeste, Nordeste e Sul. Muitos dos comentários se referiam ao discurso de posse e a cobrança das promessas feitas na ocasião, além da expectativa sobre a reclusão de Dilma durante a escolha dos novos ministros do governo.

A imprensa regional tem 51,65% de notícias relacionadas à Dilma. Portanto, um dos pontos observados pela pesquisa é o grande percentual de presença da mídia online, com 18,4%. A grande imprensa é responsável por 12,08% das menções, ficando atrás da cobertura realizada na internet. Em seguida, estão os veículos especializados em política 10,33%, blogues 4,39% e, as agências de notícias, 3,16%.