Líder do PSDB quer voto distrital contra ‘inconvenientes’ do sistema político

Líder tucano na Câmara, Duarte Nogueira: “Eu entendo que o eleitor não quer a lista fechada: o eleitor quer escolher seu candidato”(Foto: Diógenis Santos/Ag.Câmara) São Paulo – A adoção do […]

Líder tucano na Câmara, Duarte Nogueira: “Eu entendo que o eleitor não quer a lista fechada: o eleitor quer escolher seu candidato”(Foto: Diógenis Santos/Ag.Câmara)

São Paulo – A adoção do voto distrital pela reforma política, discutida na Congresso Nacional, auxiliaria outras questões importantes e polêmicas no sistema eleitoral brasileiro, na visão do PSDB. Segundo o deputado federal Duarte Nogueira, líder do partido na Câmara, essa modalidade combateria três “inconvenientes”: o abuso do poder econômico, a dificuldade do candidato em vincular-se a uma base eleitoral e o enfraquecimento dos partidos políticos.

Duarte Nogueira vê no sistema proporcional de votos, modelo aplicado atualmente, influência negativa na democracia. Segundo ele, o modelo gera dificuldade de compreensão do eleitor sobre a posse de candidatos que receberam poucos votos e se elegeram e aqueles que foram derrotados mesmo com votação expressiva.  “O atual sistema atende apenas a interesses eleitorais e deixam de lado qualquer afinidade ideológica – se esvaindo tão logo se encerra o processo eletivo”, conclui.

Para o líder do PSDB, o atual modelo político dificulta que o candidato vincule-se a uma determinada base eleitoral, em razão da “dispersão geográfica” dos eleitores e à diversidade de demandas. A divisão política e a dependência das legendas de nomes capazes de aglutinar maior apoio individual – os “puxadores de votos” – deturpam o vínculo partidário e ideológico, segundo o tucano.

Nogueira acredita que a aplicação do financiamento público de campanha só funcionaria depois de adotado o sistema de votos em lista fechada. Na prática, o eleitor votaria no partido, que por sua vez definiria a ordem de nomeação. O líder do PSDB explica que na forma do sistema utilizado hoje, o financiamento público não funcionaria.

Ele, porém, faz uma ressalva: “Eu entendo que o eleitor não quer a lista fechada: o eleitor quer escolher seu candidato”.