Mesmo à frente de Mercadante, Suplicy abre mão de pré-candidatura em SP
Direção do partido apoia Mercadante, que aparece 40 pontos percentuais atrás do tucano Geraldo Alckmin
Publicado 29/03/2010 - 18h24
Suplicy sente apoio nas ruas, mas desistiu de concorrer ao governo de SP (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
Apesar de aparecer com 19% das intenções de voto na pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (29), o senador Eduardo Suplicy (PT) anunciou a desistência de concorrer ao governo de São Paulo. Sem apoio do partido, ele decidiu manter-se no Senado, onde tem mandato até 2014.
Na semana passada, em discurso no plenário do Senado, o petista havia dito aceitar a retirada de sua pré-candidatura caso a legenda mostrasse, em pesquisas eleitorais, que o colega de Casa e de partido Aloizio Mercadante tem melhores chances de disputar com os tucanos.
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Ao anunciar a desistência, Suplicy manifestou apoio ao nome de Mercadante. “Alguns argumentaram que não poderíamos confiar tanto em pesquisa de opinião, como o Datafolha, porque às vezes os institutos erram”, declarou. “Disseram que o Mercadante hoje está bem aceito na direção e na base do partido e que agora é preciso dar atenção à unidade do partido”, afirmou. Ele, por outro lado, afirmou perceber “ao sair nas ruas o que está no Datafolha”.
Para ele, o momento é de união e os membros da direção executiva estadual demonstraram apoio a Mercadante pelo seu desprendimento ao desistir de tentar a reeleição no Senado.
Suplicy anunciou ainda a intenção de agendar uma reunião com 3.530 petistas que assinaram documento em favor de sua postulação ao cargo para a decisão de desistir.
Na pesquisa Datafolha, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem 53% das intenções de voto contra 13% de Mercadante. Contra Suplicy, a vantagem do tucano fica em 30 pontos pecentuais, dez a menos do que a vantagem sobre Mercadante.
Celso Russomano (PP) tem 10%, Fabio Feldmann (PV), 3%, e Ivan Valente (PSOL), 1%. Paulo Skaf (PSB) tem 2% se for candidato. Ainda há incertezas sobre as candidaturas dos partidos no Estado.