Parlamento vai investigar Capriles por atos de violência na Venezuela
Partidários do candidato derrotado nas eleições presidenciais atacam centros médicos populares e sedes regionais do partido de Nicolás Maduro
Publicado 16/04/2013 - 09h52
Ataque de partidários de Capriles em Caracas ontem à noite (Foto: Amanda Perobelli/Brazil Photo Press/Folhapress)
São Paulo – O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, informou na madrugada de hoje (16) que vai pedir ao Parlamento uma investigação sobre a responsabilidade de Henrique Capriles nos distúrbios e atos de violência que ocorreram em todo o país desde o anúncio da vitória eleitoral de Nicolás Maduro, no domingo (14).
“Nesta manhã solicitaremos que a Assembleia Nacional dê início a uma averiguação penal contra Capriles pela violência gerada em todo o país”, escreveu Cabello em sua conta no Twitter.
Diversos grupos de opositores antichavistas realizaram protestos em vários estados venezuelanos, atacando instalações de centro médicos populares e incendiando sedes regionais do governista PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela). Além disso, foram registrados pela polícia diversos disparos feitos por apoiadores de Henrique Capriles contra chavistas.
O estopim para a violência teria sido o pedido do candidato derrotado para que os opositores de Nicolás Maduro não aceitassem o resultado da eleição e pressionassem o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) pela recontagem de votos.
A AVN (Agência Venezuelana de Notícias) afirmou que dois jovens morreram na cidade de Baruta, no Estado de Miranda, onde grupos armados atacaram os simpatizantes do chavismo.
O governador do Estado de Táchira, José Vielma Mora, denunciou a morte de um jovem, que foi assassinado com três disparos feitos por armas de fogo após discutir com grupos armados antichavistas.
O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, já havia denunciado ontem (15) que setores da oposição estão provocando atos de violência com o intuito de desestabilizar o novo governo. Como resposta, Maduro convocou a população para “combater em paz”, com “mobilizações em todo o país”.