Correa: há setores interessados em dar golpe de Estado no Equador

Segundo o presidente equatoriano, banqueiros e a burocracia internacional estão por trás de campanha contra ele

Rafael Correa responsabiliza banqueiros e burocracia internacional pela eventual campanha contra ele. (Foto: presidencia.gob.ec)

São Paulo – O presidente do Equador, Rafael Correa, disse à emissora de TV Telesur que há setores no país que “tentam promover um golpe de Estado”. Em 2010, Correa foi alvo de uma tentativa de golpe, iniciada após protestos de policiais.  Na ocasião, ele recebeu o apoio do Mercosul e da Unasul.

Segundo o presidente, há esforço de alguns grupos para tentar quebrar a unidade existente entre o Equador e a Venezuela, que ele chama de família, por “medo de perder nas urnas”. Correa responsabiliza banqueiros e a burocracia internacional pela eventual campanha contra ele. “Eles sabem que irão perder e por isso querem deslegitimar o resultado eleitoral”, afirmou o presidente.

“Apesar de não termos resolvido todos os problemas, a verdade é que agora temos um país onde manda o povo equatoriano, não uns poucos banqueiros, nem a burocracia internacional e países estrangeiros”, completou.

Correa mencionou seu principal rival nas próximas eleições, Guillermo Lasso, ex-presidente do Banco Guayaquil e apontado como um dos responsáveis pela crise vivida pelo país em 1999: “Depois que nos quebraram, os bancos tentam voltar ao poder. É realmente uma imprudência”.

“Em 1999 eles quebraram os bancos e apreenderam nossos depósitos para se salvar, no que foi o maior confisco de bens privados da história, uma ação realizada por um governo que proclamava aos quatro ventos a propriedade privada, o mercado e os direitos à propriedade”, disse.

Correa é candidato à reeleição em 2013 – em fevereiro, haverá o primeiro turno, em abril, o segundo. Em fevereiro, também haverá eleições para a escolha dos 137 integrantes da Assembleia Nacional do Equador e cinco do Parlamento Andino.