Entidades protocolam carta de apoio ao programa de direitos humanos
São Paulo – Dezenas de entidades, movimentos e militantes de direitos humanos protocolaram na tarde desta quinta-feira (14) no escritório da Presidência da República em São Paulo uma carta de […]
Publicado 14/01/2010 - 16h51
São Paulo – Dezenas de entidades, movimentos e militantes de direitos humanos protocolaram na tarde desta quinta-feira (14) no escritório da Presidência da República em São Paulo uma carta de “apoio integral” à terceira versão do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), lançado pelo governo federal no final de dezembro de 2009.
Dezenas de cartazes com fotos de mortos e desaparecidos durante a ditadura militar foram levantados pelos manifestantes em frente à representação da Presidência da República na Avenida Paulista.
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Faixas pela liberdade de expressão e contra a violência às mulheres também foram estampadas. Os militantes pediram, em coro, a saída do ministro da Defesa, Nelson Jobim.
“Entendemos que esse programa, aprovado durante a 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos (2008), constitui importante passo para o Estado assumir plenamente a bandeira dos direitos humanos como política pública”, diz trecho do documento assinado pelo grupo Anistia Nunca Mais, Associação Juízes para a Democracia, Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, entre outras.
A carta ainda destaca que o programa “coloca o dedo na ferida” de questões como a propriedade privada; a tortura realizada pelo regime militar, e a sua permanência nos dias atuais. “[O PNDH aborda questões como a existência de] setores civis e militares que insistem em ocultar a verdade sobre o período da ditadura militar e em tentar inviabilizar a memória desse período como bem público”, diz o documento.
As entidades ainda manifestaram apoio ao ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi.
“É descabido o tamanho dessa reação contrária. Essa reação contrária só demonstra a intransigência de certos grupos em debater o tema. É esse o problema, alguns grupos não querem nem ao menos abrir a possibilidade de que esses assuntos sejam abertamente discutidos pela sociedade brasileira”, afirmou o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, José Augusto Camargo.
Fonte: Agência Brasil