Estudantes embarcam para ações do Projeto Rondon

Brasília – Cerca de 800 estudantes embarcam neste sábado (15) para promover ações sociais no Piauí, Tocantins e Pará, pelo Projeto Rondon. Eles trabalharão voluntariamente por duas semanas em atividades […]

Brasília – Cerca de 800 estudantes embarcam neste sábado (15) para promover ações sociais no Piauí, Tocantins e Pará, pelo Projeto Rondon. Eles trabalharão voluntariamente por duas semanas em atividades voltadas ao desenvolvimento sustentável das comunidades. O objetivo das operações Carajás e Zabelê é aproximar os estudantes da realidade do país.

“Os alunos estão muito acostumados com a faculdade (campus). A troca de conhecimento e o contato com outra realidade será para eles um aprendizado muito grande”, afirma o ex-coronel do Exército José Paulo da Cunha Victorio, que participa do projeto desde 2005.

Os rondonistas (professores e alunos que participam do projeto) vão se concentrar em atividades nas áreas de direitos humanos e Justiça, comunicação, cultura, educação, meio ambiente, tecnologia e produção, saúde e trabalho.

A operação Carajás, que será aberta em Marabá, vai abranger dez municípios do Pará e mais dez cidades do Tocantins, e contará com a supervisão logística do 52º Batalhão de Infantaria da Selva do Exército. A operação Zabelê, começará por Teresina no Piauí, e atuará em vinte cidades só estado, sob a supervisão do 25º Batalhão de Caçadores do Exército. As atividades serão coordenadas pelo Ministério da Defesa.

Podem participar do projeto faculdades de todo o Brasil, desde que estejam credenciadas no Ministério da Educação (MEC) e tenham projetos desenvolvidos na área.

O projeto

A primeira operação do Projeto Rondon teve início em 11 de julho de 1967, quando trinta estudantes e dois professores foram do Rio de Janeiro para Rondônia, a bordo de uma aeronave C-47, cedida pelo antigo Ministério do Interior. A sua primeira fase durou até 1989, quando foi cancelado. Durante esses anos mais de 300 mil voluntários participaram de ações sociais ligadas à iniciativa.

A pedido da UNE (União Nacional dos Estudantes), o Rondon foi retomado em 2005 pelo governo federal, sendo inaugurado em Tabatinga (AM) pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No site do projeto é possível conferir todas as operações realizadas desde então.

O Projeto Rondon tem esse nome em homenagem ao trabalho do militar e humanista Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon. Ele viveu entre 1865 e 1956, foi o primeiro diretor do Serviço de Proteção aos Índios e Localização dos Trabalhadores Nacionais (SPI), criado em 1910, e depois se tornou presidente do Conselho Nacional de Proteção aos Índios (CNPI), na década de 50. Rondônia tem esse nome em lembrança às ações do marechal.

Edição e informações adicionais por Rede Brasil Atual