Erundina vê saldo de politização irreversível

Erundina, à direita, na plenária final (Foto: Anselmo Massad) A deputada federal Luiza Erundina acredita que a Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) garantiu um saldo de mobilização e politização irreversível […]

Erundina, à direita, na plenária final (Foto: Anselmo Massad)

A deputada federal Luiza Erundina acredita que a Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) garantiu um saldo de mobilização e politização irreversível sobre o tema. A única delegada do Congresso Nacional que compareceu às discussões e plenárias elogia a maturidade e a tolerância dos movimentos sociais que permitiram a permanência de parte dos empresários nos debates.

“No grupo de que participei, as propostas foram de altíssima qualidade”, opina. “Fica um saldo de organização e politização do tema que é irreversível em relação ao patamar de onde a gente veio”, afirma.

Apesar disso, ela prevê muitas dificuldades, já que mais de 20% dos congressistas são detentores de concessões de rádio e TV, interessados na manutenção da legislação do setor.

Para a parlamentar, a conferência enfrentou muitas resistências, da área do governo responsável pelas Comunicações, e muito fortemente do empresariado, reduzido a um grupo muito pequeno. “E mesmo esse grupo, até o último momento, fez chantagem. Tudo isso a sociedade civil foi suficientemente madura e tolerante para não permitir que os empresários saíssem, que era o que queriam”, elogia.

“Ter chegado com os três segmentos presentes com todas essas distensões e chantagens feitas no curso desses três anos, em que a sociedade conquistou a convocação da conferência, dá a essa mobilização uma condição plena de sair daqui com uma segunda conferência, em um outro nível porque já se parte do que se chegou aqui”, sentencia.

Paulo Borhausen (DEM-SC) era o outro delegado titular pela Câmara dos Deputados. De família dona de concessionária, ele não apareceu nem enviou suplentes. Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e Wellington Salgado (PMDB-MG) foram os ausentes do Senado.