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‘Trauma’ fez metroviários de São Paulo desistirem de aderir a movimento nacional

Segundo presidente do sindicato da categoria, direção defendeu adesão ao dia nacional de luta, mas categoria preferiu não entrar em greve

metroviários/Divulgação

Altino: “É um grande dia para todos os trabalhadores do país e nossa categoria estará na Paulista”

São Paulo – Em entrevista ao vivo à Rádio Brasil Atual, o presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Junior, relatou que, apesar de a direção da entidade defender a adesão ao dia nacional de luta, hoje (11),  a categoria preferiu não participar devido à má lembrança da greve de 2007. Naquele ano, o movimento foi duramente retaliado pelo governo estadual, que demitiu mais de 60 trabalhadores.

“Sabemos que o movimento nacional seria mais forte em São Paulo se o metrô tivesse parado, mas a categoria ainda tem verdadeiro trauma do que nos aconteceu em 2007 e deliberou não participar”, disse o dirigente. Segundo ele, os metroviários estarão representados no ato marcado para a partir do meio-dia, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. “É um grande dia para todos os trabalhadores do país e nossa categoria estará na Paulista.”

Ele afirmou que os metroviários farão uma “profunda reflexão” sobre a decisão de ficar de fora do movimento nacional. “Em 2007, a gente esperava que outras categorias profissionais apoiassem o movimento, mas acabou não acontecendo. Independentemente disso, hoje é um dia em que todos os trabalhadores estão unidos e os metroviários deveriam ter mostrado sua cara e declarado que têm posições sobre o fim do fator previdenciário, mobilidade urbana, saúde e educação pública”, acrescentou, referindo-se às pautas que unem as centrais sindicais em torno das manifestações programadas para todo o país nesta quinta-feira.