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Trabalhadores saem às ruas de São Bernardo em protesto contra medidas do governo

Cerca de 2 mil manifestantes se concentraram em frente às empresas Scania e Arteb para dar início a passeata que se encerra no km 22,5 da via Anchieta

Andris Bovo

Cerca de 2 mil trabalhadores protestam em São Bernardo em dia de luta convocado pelas centrais sindicais

São Bernardo do Campo – Os trabalhadores de diversas fábricas do ABC paulista foram às ruas na manhã desta quarta-feira (28), em São Bernardo, em protesto contra as medidas econômicas adotadas pelo governo federal. Organizados pela CUT, cerca de 2 mil manifestantes se concentraram, por volta das 7h, em frente às empresas Scania e Arteb e seguem desde as 8h, pela avenida José Odorizzi, sentido centro, rumo ao km 22,5 da via Anchieta. O encerramento do ato será no viaduto Newton Monteiro, que passa sobre a rodovia.

O protesto integra o Dia Nacional de Luta por Emprego e Direitos, série de manifestações organizadas pelas centrais sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB) nesta quarta em diversas regiões e capitais do Brasil. A principio, a manifestação seria realizada apenas na Capital, mas devido a importância das lutas no ABC, a organização decidiu ampliar a ação para a região. Em São Paulo, o ato se realiza na avenida Paulista, desde as 10h.

A insatisfação das centrais vem das medidas econômicas adotadas pelo governo federal desde o final do ano passado, como a mudança das regras do pagamento do seguro-desemprego, pensões, auxílio-doença, correção da tabela do Imposto de Renda abaixo da reposição da inflação e o aumento das taxas que regulam o crédito popular.

“A gente não pode deixar que essas medidas sejam tomadas no Congresso sem que o trabalhador se movimente e organize a luta em defesa do emprego e das conquistas da categoria trabalhadora”, argumentou o coordenador da CUT no ABC, Claudionor Neves da Silva.

Além da CUT, o ato de São Bernardo é organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e apoiado pelos integrantes do Comitê Sindical da Volks e Mercedes, Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Vidreiros e SindSaúde.

* Com informações de Iara Voros