100 anos

Sindicato dos Bancários de São Paulo amplia participação de mulheres no comando

Maior entidade do ramo financeiro do país terá quase metade da diretoria composta por mulheres. Uma delas será a presidenta, a terceira desde 2010

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Neiva Ribeiro, entre Ivone Silva e Juvandia Moreira: sucessão de mulheres no comando de um dos maiores sindicatos do país

São Paulo – O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região completa 100 anos neste 16 de abril. Além de celebrar a marca centenária, a entidade se aproxima de mais uma eleição para renovar sua diretoria para os próximos três anos. Os associados da entidade terão os próximos dias 25, 26 e 27 para exercer seu voto – em urna virtual – e conferir representatividade à nova direção.

A eleição deve marcar um novo salto na representatividade da categoria: 48% da composição da chapa, única, são mulheres – mesmo percentual de mulheres que trabalham no setor financeiro. A propósito, uma mulher novamente estará na presidência. A atual secretária-geral, Neiva Ribeiro, bancária do Bradesco, lidera a chapa, que tem também 10 mulheres entre os 12 integrantes da diretoria executiva – o núcleo mais decisivo da direção.

A entidade é comandada por mulheres desde 2010. Antes da atual presidenta, Ivone Silva, teve no comando Juvandia Moreira, agora à frente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

“São 100 anos, mas um sindicato sempre muito antenado com a sociedade e com seu tempo. Então, o sindicato estão sempre se renovando. É moderno nas negociações, quando somos a única categoria a ter uma convenção coletiva nacional. Ou quando negociamos condições para o home office. E quando avançamos em questões não só da categoria bancária mas da sociedade como um todo”, diz Ivone.

“Por exemplo, agora, temos uma cláusula contra a violência doméstica. E nesta semana fizemos um projeto junto à Fenaban (federação dos bancos) e ONGs para espalhar isso para a sociedade.”

A importância da democracia

Apesar da amplitude de uma convenção que dá aos bancários de São Paulo – centro financeiro do país – o mesmo direito dos colegas de qualquer canto do Brasil, Ivone admite que ela não é suficiente para a defesa da categoria. “Porque sabemos que muitas vezes vamos lá e conseguimos uma cláusula e vem uma nova legislação e acaba com ela”, observa. “Então, para nós, é importante ter a democracia no país. Para poder seguir lutando.”

Nesta entrevista, Ivone Silva fala sobre o centenário a ser festejado neste domingo (16) e lista uma série de desafios inimagináveis há 100 anos – tempos da epidemia da gripe espanhola. E de outros embates, imprevisíveis, para o futuro pós pandemia da covid-19. Um futuro que está sempre começando amanhã.

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