Na mesa

Servidores federais entregam contraproposta ao governo e esperam reabertura de negociação

Eles querem reajuste de 22,71% ou 34,32%, conforme o setor, em três anos. E equiparação de benefícios com Legislativo e Judiciário

Reprodução
Reprodução
Reinstalada no atual governo, mesa permanente de negociação do funcionalismo público federal tem novos itens na pauta

São Paulo – Representantes dos servidores públicos federais formalizaram ontem (31) a entrega de pauta unificada ao governo, após críticas à proposta do Executivo. O documento foi entregue ao secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), José Lopez Feijóo. Agora, eles aguardam a reabertura de negociações, ainda neste mês.

Na pauta (confira a íntegra aqui), os servidores afirmam que a proposta do governo representou um “importante ponto de partida”, mas é insuficiente para a categoria. Apesar de valores maiores, benefícios como auxílio-alimentação, saúde suplementar e auxílio-creche ficam aquém do que é pago por Legislativo e Judiciário, por exemplo. Além disso, o percentual de reajuste “desconsidera perdas históricas”. No conjunto, acrescentam, a proposta exclui 51% da categoria, incluindo aposentados e pensionistas.

Equiparação de benefícios

Assim, eles reivindicam equiparação de benefícios com os dos demais poderes, “haja vista não haver impedimento na Lei de Diretrizes Orçamentárias”. Querem abertura de negociação sobre perdas vindas desde 2010. E propõem dois índices de reajuste salarial, dividindo setores do funcionalismo em blocos I e II.

Para o I, o pedido é de 34,32% de reajuste, em três parcelas iguais de 10,34% – em 2024, 2025 e 2026. No bloco II, 22,71%, em três parcelas de 7,06%. Segundo as entidades, os índices contemplam perdas de 2013 a 2016, além de projeções da inflação para os próximos anos.

“Abra os cofres”

Por enquanto, o governo não sinalizou com reajuste para este ano, apenas aumento no valor de benefícios. Em entrevista recente ao portal Metrópoles, a ministra Esther Dweck disse que o reajuste não está descartado, dependendo da arrecadação. No ano passado, o índice, a título emergencial, foi de 9%.

“Agora é luta para fazer com que o governo abra os cofres para o setor público e conceda reajuste ainda este ano”, afirma o secretário-geral da Condsef/Fenadsef (confederação e federação dos servidores), Sérgio Ronaldo da Silva.

Leia mais: