Governo adia reunião com o funcionalismo federal. ‘A categoria tem pressa’, afirmam servidores
Primeira rodada terminou sem acordo, e trabalhadores esperam nova proposta de reajuste salarial
Publicado 07/03/2023 - 14h28
São Paulo – O Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público (MGI) adiou a reunião com representantes do funcionalismo marcada para a tarde desta terça-feira (7). Segundo postagem em rede social da ministra Esther Dweck, o adiamento foi “para avaliar melhor a contraproposta das servidoras e servidores”. A assessoria do MGI informou que governo e servidores voltarão a se reunir ainda nesta sexta-feira (10), às 14h30.
Em mensagem dirigida aos representantes sindicais, a Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho, vinculada ao ministério, afirmou que há “real interesse e expectativa” para concluir o processo o mais brevemente possível. A Condsef/Fenadsef, confederação e federação dos servidores federais, também espera por isso. “Há sete anos com salários congelados, a categoria tem pressa”, afirmou a entidade em sua página na internet.
Na primeira rodada, o governo formalizou proposta de 7,8% de reajuste a partir deste mês, além de aumento de R$ 200 no auxílio-alimentação. Isso representaria em torno de 43% aumento no benefício.
Perdas acumuladas
O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate) apresentou contraproposta de 13,5%, além de equiparação do auxílio entre Executivo (mais defasado), Legislativo e Judiciário. Por sua vez, o Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais (Fonasefe) manteve reivindicação de 26,94%, índice, segundo a entidade, correspondente à perda acumulada nos quatro anos de gestão Bolsonaro.
Além disso, entre outros itens, o Fonasefe quer mudar a divisão de custos no plano de saúde do funcionalismo. Hoje, de acordo com o fórum, os funcionários entram com pelo menos 70% e o governo, com 30%. Esse último item incluiria aposentados e pensionistas. “Outras reivindicações sem impactos orçamentários foram feitas, incluindo a revogação de uma série de atos administrativos que causam prejuízos tanto aos servidores como à administração pública”, acrescenta a entidade.
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