São Paulo – A Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) volta a acionar hoje (22) o Supremo Tribunal Federal (STF) na esperança de reverter o corte de ponto dos servidores em greve, determinado na véspera pelo Ministério do Planejamento. Em paralelo, representantes dos funcionários públicos se encontram com negociadores do governo para tentar avançar na proposta de reajuste salarial, de 15,8% divididos pelos próximos três anos.

Segundo nota emitida ontem pela Condsef, aumenta a expectativa pela aproximação do dia 31, limite a aprovação do Orçamento no Congresso e, consequentemente, para que se chegue a um acordo. “A dez dias do prazo final para o envio de propostas com previsão orçamentária para 2013, a ansiedade aumenta entre os servidores. Na mesma medida, Condsef e Comando Nacional de Greve reforçam a importância de que a mobilização continue intensa nessa reta decisiva do processo de negociações”, informa o comunicado, que acrescenta que haverá tentativa de chegar a um acordo para evitar o corte de ponto dos dias parados. 

No STF, o ministro Dias Toffoli tem a incumbência de decidir se aceita ou não o pedido apresentado pela confederação. Segundo o Ministério do Planejamento, 11.495 servidores públicos terão descontados do pagamento do próximo mês os dias parados. Segundo informações da Agência Brasil, o corte diz respeito à folha de pagamento que abrange o período de 20 de julho a 20 de agosto, e cujo depósito é realizado em 1º de setembro.

O governo federal diz que há de 70 mil a 80 mil servidores paralisados, o que corresponde a 15% dos funcionários na ativa. De outro lado, a Condser estima em 300 mil os participantes da greve. O Executivo informou que o corte de ponto atinge aqueles que não estão amparados por decisões judiciais ou cujas liminares assegurando o pagamento do salário foram cassadas.