São Paulo – Depois de suspender a greve que já durava 15 dias, os agentes penitenciários voltaram à mesa de negociação na manhã de hoje (25), mas a reunião terminou sem acordo. Os representantes dos servidores não informaram detalhes da proposta apresentada, mas voltarão a negociar amanhã, às 10h, no Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo, com os secretários estaduais Davi Zaia (Gestão Pública), Planejamento (Julio Semeghini), Edson Aparecido (Casa Civil), Tadeu Morais (Emprego e Relações do Trabalho) e Lourival Gomes (Administração Penitenciária).

A suspensão da greve foi decidida em 21 assembleias realizadas ontem à noite, após o Ministério Público do Trabalho (MPT) de São Paulo intermediar reunião entre o governo e os três sindicatos que representam a categoria – Sindasp, Sifuspesp e Sindcop – e sugerir que os grevistas interrompessem a paralisação, por 48 horas, para a retomada de negociações. O movimento começou no dia 10. Amanhã, a partir das 18h, os servidores farão assembleias, em frente às unidades prisionais, para definir os rumos do movimento.

Os agentes penitenciários reclamam da superlotação nos presídios, e entre as principais reivindicações da categoria está a contratação de mais trabalhadores. Segundo os sindicatos, atualmente há um déficit de 10 mil agentes no estado. Eles também pedem revisão do plano de cargos, carreiras e salários e reajuste salarial.