paralisação

Agentes penitenciários de SP protestam nesta terça no Palácio dos Bandeirantes

Greve da categoria entra na segunda semana. Movimento tem divergências entre as três entidades sindicais da categoria, que prometem estar juntas na manifestação em frente à sede do governo

Sifuspesp/Reprodução

Sindicatos tentam aglutinar forças e greve prossegue

São Paulo – Greve dos agentes penitenciários do estado de São Paulo entrou hoje (17) na segunda semana com aumento da adesão dos trabalhadores nas unidades prisionais, segundo representantes da categoria. O movimento, no entanto, convive com divergências entre as três representações sindicais no que diz respeito às reivindicações dos servidores.

Representantes do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), filiado à CUT, e do Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Penitenciário Paulista (Sindcop), filiado à Nova Central, estavam em reunião durante a tarde de hoje com objetivo de chegar a uma pauta unificada. Segundo a assessoria de imprensa de outro sindicato, o dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo (Sindasp), filiado à Força Sindical, a entidade não recebeu convite oficial para participar dessa reunião.

Os agentes penitenciários, com apoio das três representações, realizarão amanhã, a partir das 10h, uma manifestação em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informa que a paralisação ocorre em 88 das 158 unidades prisionais do estado e que o governo mantém “diálogo permanente” com a categoria.

Durante a greve, estão suspensas atividades como atendimento de assistentes sociais e psicólogos, entrega de “jumbos” (encomendas via correios), visita de advogados e transferências de detentos. Somente os serviços de alimentação, saúde e banho de sol estão mantidos.

Na quinta-feira (13), o juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública, Sérgio Serrano Nunes Filho, a pedido da Procuradoria Geral do Estado, concedeu liminar na qual determina que os agentes não adotem medidas no sentido de impedir o transporte de detentos para audiências e julgamentos e a transferência de presos entre unidades, assim como acesso à assistência jurídica e à família, sob pena de multa diária no valor de R$ 100 mil. Nenhum dos três sindicatos confirmam terem sido comunicados oficialmente da decisão.

Os trabalhadores da “muralha”, representados pelo Sindicato dos Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária (Sindespe), não participam do movimento.


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