São Paulo – O governo fez nova proposta de reajuste para os servidores federais. Passou de 7,8% em março, índice rejeitado, para 9% em maio. O novo índice e data de aplicação foram apresentados na tarde desta sexta-feira (10), na terceira rodada após a instalação da mesa permanente de negociação. Agora, as entidades do funcionalismo vão avaliar.

A possibilidade de 9% havia sido aventada pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. À RBA, o secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, afirmou que o governo trabalha com limites orçamentários já definidos para 2023. Assim, a preocupação seria garantir um acordo emergencial neste ano, para então definir uma política salarial nos próximos anos.

Na primeira rodada, além dos 7,8%, o governo ofereceu 43,7% de aumento no auxílio-alimentação. Desse modo, o valor passaria de R$ 458 para R$ 658.

As entidades que negociam em nome do funcionalismo reconhecem a iniciativa do atual governo de estabelecer uma política de diálogo, após anos de portas fechadas. Calculam em 27% o reajuste necessário para repor perdas dos servidores nos quatro últimos anos. Mas, pelo menos até a reunião de hoje à tarde, os representantes dos servidores afirmam que o Executivo tem condições de melhorar a proposta salarial.