Químicos acompanham combate a riscos com outros segmentos

São Paulo – Sindicatos e representantes de redes sindicais de empresas multinacionais do setor químico elaboraram um roteiro para capacitar trabalhadores na gestão segura e saudável dos produtos químicos. A […]

São Paulo – Sindicatos e representantes de redes sindicais de empresas multinacionais do setor químico elaboraram um roteiro para capacitar trabalhadores na gestão segura e saudável dos produtos químicos. A iniciativa foi definida durante a Semana de Segurança Química, realizada dos dias 19 a 23, em São Paulo. Participaram representantes das redes sindicais do Grupo Solvay (Mercosul), Basf (América do Sul), Bayer, Lanxess, AkzoNobel e Braskem.

“O risco químico migrou da indústria química para outros setores da cadeia produtiva, por isso abordar o ciclo de vida de um produto é um compromisso de classe, é responsabilidade de toda a classe trabalhadora”, pontuou o coordenador da Confederação Nacional do Ramo Químico, CNQ-CUT, Antenor Nakamura (Kazu).

Para o engenheiro de segurança e assessor do Sindicato dos Químicos do ABC Nilton Freitas, é importante compartilhar o conhecimento que os trabalhadores químicos têm sobre os riscos e as medidas adequadas para a segurança química. “Os trabalhadores químicos não são mais as principais vítimas de contaminação ou incêndios ou explosões causadas por químico”, sustenta o engenheiro.

Os sindicalistas escolheram três segmentos que têm carência de informação e um grande número de trabalhadores envolvidos: fertilizantes, plásticos e borrachas. Segundo os sindicalistas, o setor de fertilizantes está com previsão de crescimento, as indústrias plásticas tem um número grande de trabalhadores e a da borracha implica contato intenso das pessoas com uma variedade grande de produtos. As ações sindicais incluem publicações de folhetos para difundir informações sobre riscos e medidas de enfrentamento.

“O desafio hoje colocado para os trabalhadores é superar a abordagem prevencionista, na qual conhecemos o risco e as medidas de enfrentamento, e caminhar para a etapa da precaução: se não conhecemos os riscos, o produto não deve entrar no mercado, como já estabelece a nova normatização de produtos químicos na União Européia, a REACH”, comenta a conselheira da Fundação Sustainlabour, Laura Maffei, que também coordenou os trabalhos.