Reconhecimento

Químicos homenageiam neste domingo Margarida Barreto, cientista a serviço da vida

Homenagem a Margarida Barreto terá transmissão por Zoom. É só apontar a câmera do celular para o QRcode da imagem que aparece abaixo

Gustavo Morita/Divulgação
Gustavo Morita/Divulgação
"Eu não sou otimista frente ao pacto de silêncio que se formou e as pessoas aceitam"

São Paulo – O Sindicato dos Químicos de São Paulo realiza neste domingo (3), às 10h, uma cerimônia em homenagem à médica do trabalho Margarida Barreto, cuja morte completa um mês. Desde meados dos anos 1990, Margarida trabalhou durante 17 anos como consultora do sindicato e atendendo trabalhadores da base da entidade. A pesquisadora ficou conhecida no meio científico e sindical por seu pioneirismo nos estudos que identificaram e conceituaram o assédio moral no trabalho. Doutora em Psicologia Social e integrante do Núcleo de Estudos Psicossociais de Exclusão e Inclusão Social da PUC-SP, foi precursora dos estudos sobre assédio sexual. Assim, ajudou a identificar o impacto das diversas formas de assédio na vida dos trabalhadores.

Margarida Barreto lutava há mais de um ano contra um câncer no estômago. Mas, imunodepressiva, acabou perdendo a energia para prosseguir o tratamento ao contrair o coronavírus no início deste ano. “Para nós foi muito impactante constatar que o trabalho nos últimos anos esteja sendo tão duro, exigindo tanto, e que as pessoas estejam tão sobrecarregadas a ponto de, além dar o sangue e o suor, dar a vida em determinados casos”, afirmou Margarida em entrevista à Revista do Brasil de junho de 2011. “Falta um pouco de amor, de respeito e de fraternidade”, dizia a médica. A homenagem será pela plataforma de transmissão de vídeo Zoom. É só apontar a câmera do celular para o QRcode da imagem para entrar na sala.