ABC e SP

Químicos aprovam proposta de reajuste salarial parcelado

Eles terão 8,5% de reposição, em duas vezes. O índice corresponde à variação do INPC em 12 meses, até a data-base (1º de novembro)

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Trabalhadores do setor consideram acordo um ‘patamar mínimo’ e vão manter mobilização

São Paulo – Os trabalhadores do setor químico nas bases dos sindicatos do ABC e de São Paulo (CUT) aprovaram proposta de acordo com o setor patronal, que prevê reajuste pela inflação parcelado em duas vezes. Eles terão 8,5% no total, sendo 6% na data-base (1º de novembro) e 2,36% em junho do ano que vem. Esse índice – que corresponde à variação do INPC-IBGE em 12 meses – é válido para salários de até R$ 7.929,13. Acima desse valor, haverá dois aumentos fixos, de R$ 475,75 neste mês e de R$ 187,13 em 2017.

Na capital paulista, a proposta foi aprovada ontem, em assembleia. “Diante do cenário econômico atual, consideramos que o acordo foi positivo”, afirmou o coordenador-geral do sindicato, Osvaldo Bezerra, o Pipoka.

O acordo manteve a participação nos lucros ou resultados (PLR) mínima para empresas que não têm programa específico. O valor é de R$ 930 para empresas com até 49 funcionários e de R$ 1.030 para as que têm 50 trabalhadores ou mais.

Os pisos passam a ser de R$ 1.435,67 em novembro e de R$ 1.469,55 em junho, nas empresas com até 49 empregados. Naquelas com 50 funcionários ou mais, esses valores vão para R$ 1.471,69 e R$ 1.506,42, respectivamente.

“Nós garantimos a PLR mínima, que já foi uma importante vitória, já que os patrões vieram às negociações com sede de acabar com direitos. O reajuste de inflação cheia, mas parcelado, é um patamar mínimo”, analisou o presidente do sindicato do ABC, Raimundo Suzart. Continuaremos com as mobilizações nas portas das fábricas e com as negociações por empresa.”

Em outras bases, a proposta de parcelamento do reajuste foi rejeitada.