Conflito

Petroleiros suspendem paralisação, mas seguem rejeitando proposta

Sindicatos da categoria também são contra iniciativa da empresa de pedir 'mediação' do TST

Sindipetro-SP

FUP: ir ao TST não beneficiará trabalhadores

São Paulo – Sindicatos ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) decidiram suspender as paralisações iniciadas na última sexta-feira (23) em diversas bases, mas seguem rejeitando a proposta de acordo feita pela companhia. Os dirigentes também são contra o pedido de “mediação” apresentado pela Petrobras ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Na proposta feita no final de novembro para renovação da convenção coletiva, a empresa manteve proposta de 6% de reajuste, retroativo a setembro (data-base), no salário básico e na tabela de Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR), e acrescentou 2,8% para fevereiro, sem retroatividade. Os petroleiros rejeitaram a oferta e anunciaram mobilizações e a organização de uma greve nacional.

Ao afirmar que não iria ao TST, a FUP alegou que tanto o presidente da estatal, Pedro Parente, como o atual presidente do tribunal, Ives Gandra Filho, são “quadro orgânico” do PSDB. “Trata-se de um jogo combinado. A FUP iria para ouvir a ameaça de um dissídio coletivo. (…) Em jogo que vale ‘gol de mão’, a FUP não entra!”, diz a entidade.

Na quarta-feira da semana que vem (4), a FUP reunirá seu Conselho Deliberativo, que reúne os 13 sindicatos filiados, para avaliar o movimento e definir os próximos passos. A entidade reivindica, entre outros itens, implementação de adicional por tempo de serviço para os trabalhadores da Fafen, fábrica de fertilizantes no Paraná, que segundo os petroleiros deveria ter ocorrido em janeiro, e contesta a possibilidade – prevista na proposta da empresa – de redução de jornada e salário na área administrativa.