Negociação

FUP diz à Petrobras que proposta de acordo continua ‘muito distante’

Trabalhadores pedem mudanças na oferta feita esta semana pela estatal

Sindiquímica PR

Fábrica de fertilizantes (PR): aplicação de adicional por tempo de serviço deveria ter ocorrido em janeiro, diz a FUP

São Paulo – A Federação Única dos Petroleiros (FUP) comunicou hoje (2) à Petrobras que sua oferta de renovação de acordo coletivo “continua muito distante” do pretendido pela categoria. “Sendo assim, não há nenhuma indicação por parte da FUP para aprovação da proposta da estatal”, diz a entidade.

Em documento, a federação pede mudanças em dois itens da proposta feita pela empresa na última terça-feira (29). O primeiro se refere à implementação de adicional por tempo de serviço para os trabalhadores da Fafen, fábrica de fertilizantes no Paraná, que segundo os petroleiros deveria ter ocorrido em janeiro.

O outro ponto refere-se à possibilidade de redução de jornada e salário, conforme dispositivo apresentado pela empresa, que apresenta uma opção, para parte dos funcionários administrativos, de diminuição da jornada de oito para seis horas diárias, acompanhada de corte de 25% na remuneração. Com isso, diz a FUP, a Petrobras está “impulsionando uma jornada sob o risco de assédios, punições e demissões”.

Na parte econômica, a Petrobras manteve proposta de 6% de reajuste, retroativo a setembro (data-base), no salário básico e na tabela de Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR), e acrescentou 2,8% para fevereiro, sem retroatividade. O vale-refeição/alimentação passaria de R$ 1.003,64 para R$ 1.093,84, e a primeira parcela do 13º seria paga em 10 de janeiro.

A FUP reuniu ontem (1º) seu Conselho Deliberativo, com os 13 sindicatos filiados, para avaliar a proposta da empresa. A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), com cinco sindicatos, já havia indicado rejeição.