Campanha salarial

Petroleiros rejeitam proposta e começam organização de greve

Sindicatos da FUP se reunirão na próxima semana para avaliar movimento

FUP

Petroleiros disseram não à proposta de arrocho salarial e cortes de direitos, e mobilizações se intensificarão

São Paulo – Representantes dos 13 sindicatos na base da Federação Única dos Petroleiros (FUP) vão se reunir nas próximas segunda e terça-feira (7 e 8) em Campinas, no interior paulista, para um seminário nacional de greve. No dia seguinte, o Conselho Deliberativo da entidade vai se reunir para definir os próximos passos da campanha salarial. Assembleias pelo país rejeitaram proposta apresentada pela Petrobras.

De acordo com a FUP, a mobilização já começou em alguns locais, com atrasos no início do expediente e bloqueios de embarque. Além disso, os petroleiros organizariam a Operação Para Pedro, para intensificar o cumprimento dos itens de segurança. O nome é referência ao presidente da estatal, Pedro Parente.

Segundo a federação, as atividades atingiram Recap e Replan, refinarias em São Paulo, além de escritórios locais da Petrobras e Transpetro. Também houve mobilização em Minas Gerais (Regap) e em Duque de Caxias (Reduc, na Baixada Fluminense), no campos terrestre de Miranga e Santiago (Bahia) e nos aeroportos de Macaé e Cabo Frio, no Norte Fluminense. A FUP afirma que se trata de um “esquenta” para a greve que será discutida no seminários.

Nas assembleias já realizadas, informa ainda a entidade, a proposta da empresa foi rejeitada por mais de 95% dos trabalhadores, e em alguns lugares por unanimidade.

Em 19 de outubro, a Petrobras ofereceu 6% sobre o salário básico. Também passou de 4,97% para 6% nas tabelas de remuneração mínima de nível e regime (RMNR). Os petroleiros têm data-base em 1º de setembro.

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) informou que deve se reunir na próxima semana para discutir a formação de um comando nacional de greve. Se não houver uma proposta de acordo coletivo de trabalho “digno”, a entidade afirma que a categoria irá parar o Brasil “contra um tirano que utiliza o seu cargo de forma irresponsável para a manutenção do interesse do grande capital”.