Cientistas de São Paulo protestam por aumento e condições de trabalho

São Paulo – Pesquisadores científicos que trabalham em São Paulo realizam uma manifestação nesta sexta-feira (18) em frente à Assembleia Legislativa (Alesp), na capital. De acordo com o presidente da […]

São Paulo – Pesquisadores científicos que trabalham em São Paulo realizam uma manifestação nesta sexta-feira (18) em frente à Assembleia Legislativa (Alesp), na capital. De acordo com o presidente da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado (APqC), Laerte Machado, os servidores reivindicarão melhores salários e uma estrutura mais apropriada para o trabalho.

Segundo a entidade, a categoria sofre com as dificuldades para garantir continuidade no trabalho. “A nossa principal questão é a salarial, porque é o baixo salário que está provocando evasões, abandono da profissão. Os salários recebidos em São Paulo estão muito defasados em relação a outras instituições de pesquisa em outros estados e aos institutos federais”, diz Machado.

Outro item da pauta é a melhoria nas condições de trabalho. “Reivindicamos também mais recursos para manter uma estrutura adequada para o desenvolvimento de nossas pesquisas e estudos. Queremos uma política de estado para termos uma continuidade nos trabalhos, sem interrupções”, observou.

Uma série de institutos estaduais – como o Florestal, Butantã, Adolfo Lutz e Pasteur, entre outros – possui pesquisadores científicos em seus quadros. A maior parte é vinculada às secretarias de Agricultura e de Saúde. O presidente da associação ainda cita a Lei 727/1993, que prevê a equiparação nos salários dos pesquisadores com os vencimentos garantidos aos professores de universidades estaduais. “Desde essa época, a lei não é cumprida”, afirmou Machado. Segundo ele, caso a norma fosse regulamentada alguns servidores teriam aumento de 90%.

Um abaixo-assinado circula desde outubro, cobrando do governo Geraldo Alckmin (PSDB) uma política para a categoria. Segundo a associação, o grupo tem a pior remuneração do país. A categoria não tem reajuste desde 2007, sustenta a entidade. O ato político está programado para as 14h, no auditório Paulo Kobayashi da Alesp.