Para assessor da CUT, greve dos bancários se resolveria com negociação no local de trabalho

  São Paulo – O assessor especial da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Vanderlei Siraque, ex-deputado estadual por São Paulo, entende que a greve dos bancários, que se aproxima dos […]

 

São Paulo – O assessor especial da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Vanderlei Siraque, ex-deputado estadual por São Paulo, entende que a greve dos bancários, que se aproxima dos 20 dias de duração, seria facilmente resolvida se estivesse regulamentada a negociação no local de trabalho. Em artigo publicado na página do Sindicato dos Bancários do ABC paulista, Siraque sustenta que a organização sindical diretamente no ponto de trabalho é fundamental para garantir o cumprimento da legislação trabalhista, assegurando que não ocorram assédio moral e outras violações. “A democratização do local de trabalho é essencial para a organização dos trabalhadores e para a resolução pacífica de conflitos entre empregados e empregadores.”

O assessor especial entende que este tipo de organização, utilizado há 30 anos entre os metalúrgicos do ABC paulista, é importante para garantir a harmonia no ambiente de trabalho, o que, obviamente, será benéfico também para os empregadores. “Um dos ambientes de trabalho mais perversos é o relativo ao sistema financeiro, onde os banqueiros são protegidos pelo governo, por meio do Banco Central, sendo que os bancários têm apenas a proteção de seus sindicados. Mas somente a proteção dos sindicatos cidadãos não é suficiente para impedir os correspondentes bancários, a falta de segurança para os trabalhadores e os clientes, o assédio moral”, defende.

Em setembro, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC encaminhou ao governo federal e ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), anteprojeto de lei que tenta regulamentar a negociação coletiva. A visão é de que o reconhecimento legal da representação sindical no local de trabalho protege este tipo de diálogo, que é feito observando a realidade local da empresa e dos funcionários. A ideia teve boa acolhida por parte do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, que deve enviá-la ao Congresso sob a forma de projeto de lei.

 

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