São Paulo – Os metalúrgicos que atuam nas montadoras do ABC paulista decidiram rejeitar o reajuste de 7% apresentado pelos empresários. Após a assembleia deste sábado (11), os trabalhadores definiram por entregar o aviso de greve na segunda-feira (13), respeitando o prazo legal de 48 horas para o início do movimento. 

Caso não haja apresentação de nova proposta, 40 mil pessoas podem paralisar os trabalhos. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, lembra que será mantida a agenda de mobilizações e protestos. “Somos uma categoria organizada que sabe trabalhar, mas também sabe lutar. Por isso somos exemplo seguido pelo restante do País. Não abrimos mão de termos os melhores salários e as melhores condições de trabalho. Estamos abertos à negociação e queremos resolver o impasse na mesa, por meio do diálogo, que é a melhor forma, mas se não houver proposta dos patrões a greve geral é um caminho legítimo e será usado.” 

Nos demais grupos de negociação, à exceção do setor de lâmpadas, prensas e equipamentos odontológicos, os metalúrgicos conseguiram o melhor acordo em dez anos. O aumento de 9%, que representa o dobro da inflação acumulada no período, valerá para oito das dez áreas abrangidas pelo sindicato.

Taubaté

No Vale do Paraíba, os trabalhadores de Ford e Volkswagen também aprovaram estado de greve. O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região não conseguiu acordo com os empresários, que ofereciam máximo de 7% de reajuste.

Em assembleia neste sábado, os trabalhadores reafirmaram a rejeição da proposta das montadoras. “Não vamos abrir mão de um reajuste digno para os trabalhadores nas montadoras, que no último ano tiveram sucessivos recordes de vendas e produção em nosso país”, destacou Isaac do Carmo, presidente do sindicato.