Mesmo com encomendas, Embraer não planeja contratar funcionários

Aeronaves no modelo Embraer 175 aumenta a carteira de pedidos a entregar pela empresa (Foto: Ahunt/Wikipedia) São Paulo – A Embraer fechou nesta terça-feira (20) a venda de 35 jatos, […]

Aeronaves no modelo Embraer 175 aumenta a carteira de pedidos a entregar pela empresa (Foto: Ahunt/Wikipedia)

São Paulo – A Embraer fechou nesta terça-feira (20) a venda de 35 jatos, no valor de US$ 1,3 bilhão, com a companhia aérea britânica Flybe. O acordo prevê ainda venda de mais 105 aeronaves, avaliadas em US$ 3,7 bilhões. No total, a empresa brasileira possui em carteira US$ 15,2 bilhões em pedidos por entregar.

Apesar do volume de negócios, a Embraer informou por meio de sua assessoria que a receita deste ano deverá, na melhor das hipóteses, se igualar aos R$ 10,8 bilhões alcançados no ano passado. E mesmo com os novos contratos, não existe a previsão de novas contratações.

De acordo com a companhia, os níveis de produção, inferiores aos de 2008, não justificam a ampliação do atual quadro de 16,8 mil funcionários. Em fevereiro de 2009, a Embraer demitiu 4,2 mil funcionários por conta da quedas nas vendas. A Embraer afirma ainda que as demissões do ano passado foram acompanhadas de uma queda na produção, por isso não houve aumento significativo da carga de trabalho dos funcionários.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos reclama, no entanto, que a empresa tem utilizado excessivas horas extras para atender a demanda de produção. “As pessoas dentro da fábrica estão trabalhando demais e sob pressão”, reclamou o vice-presidente da entidade, Herbert da Silva Claros.   

Segundo o sindicalista, um número expressivo de funcionários da Embraer sofre de doenças relacionadas ao trabalho, como tendinite, bursite e hérnia de disco, as chamadas Lesões por Esforço Repetitivo.

(Foto original: Ahunt/Wikipedia)