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Aeroportuários votam na semana que vem proposta da infraero

No TST, empresa ofereceu aumento real de 2,5%; paralisação parcial dos aeroportos segue pelo menos até segunda-feira (12)

São Paulo – Em audiência de conciliação entre representantes dos aeroportuários e da Infraero realizada hoje (8) no Tribunal Superior do Trabalho (TST), a empresa propôs reajustes com aumentos reais nos dois próximos anos. Os trabalhadores mantêm a paralisação nos aeroportos das principais capitais do país até segunda-feira, às 10h, quando fazem assembleias para avaliar se aceitam o acordo e encerram a paralisação.

A proposta inclui reajuste salarial de 6,49% (referente ao IPCA acumulado de maio de 2012 a abril de 2013) retroativo à data-base, em 1º de maio, e 2,5% de aumento real, sendo 1% pagos em setembro deste ano e 1,5% em setembro de 2014. Em maio do ano que vem, os trabalhadores receberiam novo reajuste com base no IPCA. O acordo também garante o pagamento de quatro talões de vales alimentação (setembro e dezembro de 2013 e maio e dezembro de 2014).

No mês que vem, os aeroportuários iniciam as discussões com a Infraero sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). O tema será negociado no TST, com acompanhamento do ministro Barros Levenhagen, para conclusão em março de 2014. A empresa se compromete a reenquadrar os profissionais das áreas de análise de sistema, engenharia de manutenção e médicos do trabalho em janeiro do próximo ano.

O TST propõe a permanência do plano de saúde em acordo coletivo e a criação de uma comissão paritária, em outubro, com representantes da empresa e do sindicato, para estudar o aprimoramento do convênio médico e plano odontológico.

“A proposta abaixo das nossas reivindicações, mas entendemos que foi um avanço e vamos levar para votação”, afirma o diretor do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) Samuel Santos. Segundo ele, a greve será mantida até segunda-feira, seguindo as exigências do TST, que determina o funcionamento de 100% das atividades de controle de tráfego aéreo, de 70% das áreas de segurança e operação e de 40% para os setores administrativos. Os dias de paralisação não serão descontados.