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Aeroportuários rejeitam proposta e prometem ampliar greve para outros setores

Categoria vai buscar adesão de áreas administrativas, controle de tráfego aéreo, segurança e operação à paralisação que completa 12 dias

Sindicato Nacional dos Aeroportuários(Sina)

Trabalhadores em assembleia no aeroporto de Congonhas (São Paulo) decidem pela continuidade da greve

São Paulo – Em assembleias realizadas entre ontem e hoje (13) nos principais aeroportos do país, os aeroportuários rejeitaram a proposta salarial apresentada pela Infraero em audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) na último quinta-feira (8) e decidiram manter a greve, que completa 12 dias.

A categoria pretende ampliar o movimento para os setores administrativos, controle de tráfego aéreo, áreas de segurança e operação, contrariando decisão do TST, que aponta  percentuais mínimos para o funcionamento nessas áreas.

“Contamos com a adesão desses setores para aumentar a nossa pressão e estamos dispostos a assumir as penalidades”, disse o diretor do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) Samuel Santos, referindo-se à multa de R$ 50 mil por dia pelo não cumprimento da decisão judicial.

A proposta Infraero prevê reposição da inflação de 6,49% (referente ao IPCA acumulado de maio de 2012 a abril de 2013), retroativo à data-base, em 1º de maio, e 2,5% de aumento real pagos até setembro de 2014. Além do pagamento de quatro talões de vales-alimentação (setembro e dezembro de 2013 e maio e dezembro de 2014).

“Não concordamos com a duração do acordo coletivo (até 2015) porque o percentual de reajuste está muito abaixo para ser renovado somente daqui a dois anos. Também não aceitamos o PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) porque não inclui todos os trabalhadores”, disse Santos.

A proposta da Infraero incluía negociação sobre o PCCS no TST, com acompanhamento do ministro Antonio José Barros Levenhagen, para conclusão em março de 2014.