negociação

Com intermediação de governos, GM e metalúrgicos voltam a se reunir na sexta-feira

Os trabalhadores querem suspensão de demissões e abertura de um processo de negociação, após fechamento de setor. Também exigem cumprimento de acordo para investimentos na região

Sindmetal

Trabalhadores se manifestam contra as demissões na fábrica em São José dos Campos, em agosto

São Paulo – Com presença de representantes dos governos federal e estadual, dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e da General Motors vão se reunir na próxima sexta-feira (10), às 15h30, em São Paulo, para discutir as demissões anunciadas no final do ano pela montadora. Segundo informações do sindicato, o encontro, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, terá as presenças do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, diretor da GM, do secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Tadeu Morais, e do superintendente regional, Luiz Antônio de Medeiros.

O número de empregos eliminados é de aproximadamente mil, diz a assessoria da montadora. Na semana passada, após um encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, Moan chegou a falar em 1.053 cortes, incluindo adesões a um programa de demissões voluntárias (PDV).

 

Os trabalhadores querem a suspensão imediata das demissões e abertura de um processo de negociação, após a suspensão da produção do veículo Classic e fechamento do setor de Montagem de Veículos Automotores (MVA) na unidade do interior paulista. Eles também pedem o cumprimento do acordo assinado em julho de 2013, para implementação e produção de um projeto na região, com investimentos de R$ 2,5 bilhões em uma nova fábrica, o que poderia criar 2.500 empregos.

Segundo a assessoria de imprensa da GM, o Brasil estava na disputa com outros países para receber esses investimentos, que seriam destinados ao complexo de São José dos Campos, mas ainda não há definição em relação a isso. Os últimos investimentos na unidade foram feitos em 2008, no valor de R$ 800 milhões. “Nos últimos cinco anos não houve nenhum outro investimento, porque a empresa não teve as condições que precisava para garantir a sua competitividade no mercado e optou por investir em outras fábricas”.

O modelo Classic, cuja produção foi encerrada em São José, continuará sendo fabricado nas unidades de São Caetano do Sul, na região do ABC paulista, e de Rosário, na Argentina.

Amanhã (8), às 10h, os trabalhadores organizam uma assembleia na sede do sindicato, de onde sairão em passeata.