Paralisação

Funcionários da Fundação Casa entram em greve para forçar negociação

Reivindicações englobam melhoria salarial e de condições de trabalho. Sindicato diz que Alckmin não negocia e ainda aumentou o custo do plano de saúde do pessoal

Andris Bovo/ABCD Maior

No ABCD há cinco unidades da Fundação Casa, sendo duas em Santo André, duas em São Bernardo e uma em Mauá

São Bernardo do Campo – A partir das 7h de hoje (7), os funcionários da Fundação Casa entraram em greve, por tempo indeterminado, no estado de São Paulo. A expectativa do Sindicato dos Trabalhadores em Entidade de Assistência e Educação a Criança, ao Adolescente e a Família do Estado de São Paulo (Sitraemfa) é mobilizar os 16 mil trabalhadores. Desde terça-feira (5), Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) determinou a manutenção de 70% do quadro funcional em atividade, sob pena de multa no valor de R$ 100 mil, em caso de descumprimento.

Da pauta das reivindicações constam 64 itens que incluem aumento real dos salários e de direitos como vale-alimentação, vale-refeição e auxílio-creche, além de melhores condições de trabalho: fim da superlotação nas unidades, da falta de funcionários e medidas para garantir a segurança dos trabalhadores, entre outras. “Não é apenas por salário. Nossa data-base foi em 1º de março e até agora não tivemos nenhuma proposta ou contraposta do governo do estado, nem do lado social ou econômico. Isso é um descaso”, avalia o diretor de imprensa do Sitraemfa, João Faustino.

O Sitraemfa revelou que, além de não negociar com os trabalhadores, o governo do estado aumentou em 30,34% o custo plano de saúde para os funcionários. “Por diversas vezes tentamos negociar, até mesmo com a presença do Ministério Público (MP), mas a resposta do governo foi aumentar o plano de saúde”, argumentou Faustino. Para marcar o início da greve, uma mobilização está agendada para esta quinta-feira. A concentração será às 7h no complexo da Fundação Casa do Brás, na capital.

Procurada, a Fundação Casa informou em nota que “a pauta de reivindicações colocada pelo Sitraemfa está sendo analisada pelo governo de São Paulo” e que o governo “sempre esteve aberto a negociar com o sindicato”.

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