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Assembleia encerra greve na Fundação Casa; negociação continua

Categoria volta ao trabalho nesta terça e mantém estado de greve para prosseguir negociações; TRT sugere reajuste de 9% a ser pago em agosto, retroativo a março

Danilo Ramos/RBA

Segundo o sindicato, trabalhadores de 90% das unidades aderiram à paralisação

São Paulo – Em assembleia na tarde de hoje (11), os trabalhadores da Fundação Casa, antiga Febem, aceitaram a proposta de reajuste salarial de 6,65% e decidiram retornar ao trabalho a partir das 7h de amanhã (12). O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e à Família do Estado de São Paulo (Sitraemfa), Aldo Antônio, alerta que a categoria manterá o estado de greve e pode retomar a paralisação caso não haja avanço nos demais pontos de pauta.

“Eles (o governo paulista) aceitavam negociar desde que voltássemos ao trabalho. Aceitamos, mas vamos manter a pressão. E podemos parar novamente se as negociações travarem”, afirmou. A assembleia ocorreu no Sindicato dos Químicos de São Paulo, na Liberdade, região central da capital paulista.

Os demais pontos de pauta seguirão sendo negociados com a mediação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região. Os trabalhadores aguardam ainda uma posição da Fundação Casa à proposta de 9% de reajuste, feita pelo desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto, com pagamento da diferença a partir de agosto, retroativo a março.

Os servidores reivindicam reajuste de 12,5% no vale-refeição – atualmente em R$ 400 mensais – e também no vale-alimentação, de R$ 126. Entre as pautas estão também o pedido de auxílio-creche e a solução para problemas como superlotação nas unidades, falta de funcionários e falta de segurança.

A greve foi iniciada na última quinta-feira (7). Segundo o sindicato da categoria, 90% dos 148 centros da Fundação Casa foram paralisados. A próxima reunião de negociação será na quinta-feira (14), no Núcleo de Negociações do TRT.

Na última semana, a Justiça do Trabalho determinou que os funcionários mantivessem ao menos 70% do quadro em atividade, para garantir a segurança pública e o bem-estar dos jovens internos. Desde então, oficiais do TRT faziam visitas diárias a cinco unidades da cidade de São Paulo e da Grande São Paulo. O não cumprimento da decisão implicaria em multa de R$ 100 mil.

De acordo com a assessoria de imprensa da Fundação Casa, a rotina nos centros socioeducativos estava normal. A greve paralisou as atividades pedagógicas e o atendimento psicológico e de saúde dos jovens, assim como a alimentação, a higiene e as visitas dos familiares.

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