Ex-funcionários do Mappin recebem indenização trabalhista, 23 anos depois do fechamento
Um grupo de 50 ex-empregados recebeu ontem quase R$ 2,3 milhões
Publicado 18/01/2022 - 08h20
São Paulo – Um grupo de aproximadamente 50 ex-funcionários do Mappin recebeu ontem (17) indenizações referentes a dívidas trabalhistas, 23 anos depois de a gigante do varejo fechar suas portas. A loja de departamentos teve falência decretada em 1999, após 86 anos de funcionamento. Neste período, tornou-se uma das marcas mais conhecidas do país, com um conhecido prédio na região central de São Paulo, diante do Teatro Municipal. Chegou a ter em torno de 10 mil empregados.
O Sindicato dos Comerciários de São Paulo (UGT) formalizou o pagamento de quase R$ 2,3 milhões aos ex-empregados. Segundo o presidente do sindicato e da central, Ricardo Patah, o caso do Mappin foi uma verdadeira “tragédia”. Fundada em 1913, a empresa, já em crise, foi vendida em 1996 ao empresário Ricardo Mansur. Mas seguiu acumulando dívidas (estimadas em R$ 1,2 bilhão) e pedidos de falência.
Segundo Patah, um ano após a falência, cerca de 4,5 mil trabalhadores receberam os direitos. Os 50 de agora são remanescentes. “Sempre é tempo de fazer justiça”, comentou. “Procurei não contar com esse dinheiro e toquei minha vida, casei, tive filhos e fiz minha faculdade”, disse a ex-auxiliar de compras Andrea Toledo, que esteve ontem na sede do Sindicato dos Comerciários. O ex-empacotador Paulo do Nascimento considerou a ação sindical correta: “O problema é a lentidão judiciária”.
Com informações da Agência Sindical