Comissão a executivos expôs bancos a risco maior, diz Dieese

São Paulo – Segundo estudo publicado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a busca por ganhos maiores de comissões fez com que executivos de bancos expusessem as […]

São Paulo – Segundo estudo publicado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a busca por ganhos maiores de comissões fez com que executivos de bancos expusessem as instituições a maiores riscos. O levantamento analisou as altas remunerações de empregados de bancos e companhias de capital aberto durante a crise financeira mundial de 2008.

A pesquisa “As políticas de remuneração de empregados e dirigentes de bancos e das companhias de capital aberto no Brasil” discute os desafios dos órgãos reguladores no estabelecimento de regras e limites às políticas de remuneração nas instituições financeiras.

“A remuneração variável é parte importante dos ganhos dos executivos, por isso alguns destes empregados expuseram suas empresas a níveis de riscos mais elevados para obter maiores ganhos na remuneração”, destaca o economista da subseção do Diesse da Contraf-CUT, Miguel Huertas.

O estudo se baseou em documentos disponibilizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central. Esses documentos contêm as diretrizes propostas pelos países do G20 para a regulação do sistema financeiro mundial.

Para Huertas a proposta de regulamentação do BC apresenta falha ao não incluir os trabalhadores no debate. “Quanto maior a participação de todos os envolvidos, mais legítimo e transparente se torna o processo”, conclui.