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Bancos cortam 2.600 empregos no ano e reduzem salários via rotatividade

Segundo pesquisa da Contraf-CUT e do Dieese, remuneração dos contratados é menor que a dos demitidos

CC / pitoco

Enquanto cortam vagas, bancos mantêm lucros crescentes e clientes em filas

São Paulo – De janeiro a outubro, o setor financeiro fechou 2.611 vagas, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em parceria com o Dieese, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.

Foram 33.683 contratações e 36.294 demissões. O resultado pior não fossem os números da Caixa Econômica Federal, que abriu 4.676 postos de trabalho. A entidade lembra que, em igual período, o país abriu 1,46 milhão de vagas formais.

Além do menor número de empregos, a rotatividade continua provocando um achatamento salarial. A remuneração média dos demitidos este ano era de R$ 4.655,70, enquanto a média dos novos funcionários é de R$ 2.943,95. É o que a Contraf-CUT chama de “mecanismo perverso que os bancos usam para reduzir despesas de pessoal”.