Acordo garante comissão especial na Câmara sobre novo mínimo na próxima 3ª
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, é um dos convidados como representante do governo na sessão
Publicado 10/02/2011 - 19h04
São Paulo – Uma comissão especial na Câmara dos Deputados será criada para discutir a votação do salário mínimo 2011 antes de o tema ser tratado em plenário. O acordo foi acertado nesta quinta-feira (10) entre o presidente da CUT, Artur Henrique, e o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Uma primeira sessão foi agendada para a próxima terça-feira (15) entre centrais sindicais, governo e lideranças do Congresso. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve participar.
Segundo informações da CUT, a reunião deve contar com a presença do ministro da Fazenda, Guido Mantega, dos representantes das seis centrais sindicais – CUT, Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) –, além de representantes do parlamento.
A comissão especial visa a explicitar argumentos entre centrais e governo e, só após a discussão, encaminhar a votação ao conjunto dos congressistas. Enquanto o governo defende o velor de R$ 545, os sindicalistas pedem R$ 580.
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), informou que o projeto de lei com o novo valor do mínimo será votado na próxima quarta-feira (16), ainda com o valor de R$ 545 em pauta. Em razão da votação, os dirigentes da CUT de diferentes categorias pretendem realizar mobilizações dentro do Congresso.
As negociações entre governo e centrais, mantidas de dezembro até semana passada, foram dadas por encerradas pelo secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, na segunda-feira (7). Os sindicalistas apostam, desde então, na pressão sobre parlamentares para influenciar no reajuste.
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