Congresso nacional da CUT será realizado em julho de 2012

No encerramento da plenária, mais de 600 delegados aprovaram também calendário de lutas. Central promoveu manifestação no aeroporto de Guarulhos contra a privatização

São Paulo – No encerramento da 13ª Plenária Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), nesta sexta-feira (7), os delegados aprovaram um calendário de lutas e também o período do próximo congresso nacional da entidade (Concut). Na 11ª edição do evento, realizada de 9 a 13 de julho do ano que vem, também será escolhido o novo presidente da central, fundada em 1983, já que o atual, Artur Henrique, completa dois mandatos.

Em seu blog, Artur lembrou que uma das propostas já em discussão é a da paridade entre homens e mulheres em cargos de direção na CUT. Segundo ele, as diferentes correntes políticas que compõem a central entenderam que o tema não foi suficientemente debatido e divulgado nas plenárias estaduais (que antecederam a etapa nacional). Por isso, decidiram que a questão será prioridade a partir de agora – e deverá ser votado no congresso de 2012. “Como eu apoio a ideia, por achá-la não apenas justa mas necessária, vesti camisa da luta feminista das companheiras da CUT”, escreveu o dirigente.

De acordo com a central, o calendário de lutas foi dividido em 15 eixos, incluindo liberdade e autonomia sindical, luta contra a privatização, luta pela terra, previdência, serviço público e política econômica. A central também se posicionou contra a reforma do Código Florestal, “por entender que legaliza o desmatamento e anistia os desmatadores”. Além disso, “cobra a federalização da apuração de crimes contra sindicalistas e militantes do campo e da cidade e ressalta sua decisão contrária à desoneração da folha de pagamento”.

Segundo informações da entidade, o número de delegados credenciados atingiu 614, ante 570 na plenária anterior, em 2008. Desse total, 63,5% eram homens e 36,5%, mulheres. Os ramos de atividade com mais delegados foram os da educação (20,85%) e rural (16,3%).

Também nesta sexta, a CUT promoveu uma manifestação no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), município que sediou a plenária. O protesto foi contra a concessão de aeroportos à iniciativa privada e pelo emprego digno, no Dia Mundial do Trabalho Decente. “Não só debatemos temas importantes e definimos um plano para fortalecer nosso projeto político-organizativo, mas, principalmente, mostramos que não somos apenas uma central de plenárias, congressos e pressão em gabinetes de parlamentares. Nossa luta é nas ruas”, disse Artur.