São Paulo – Representantes dos aeronautas consideraram “ridícula” a proposta apresentada na quinta-feira (3) pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). Quase 50 dias após a entrega da pauta de reivindicações, as companhias ofereceram 3% de reajuste e 5% para os pisos salariais. A reivindicação da categoria, com data-base em 1º de dezembro, é de 13% a 20% de aumento para os pisos. Os sindicalistas afirmam que não negociarão um índice que contemple ao menos a reposição de perdas dos últimos 12 meses.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), durante a negociação o representante do Snea argumentou que nenhum país do mundo faz negociação salarial partindo da inflação – e que a indexação acabaria com a moeda nacional. Já o assessor econômico do SNA, Claudio Toledo, citou entrevista recente do presidente da Gol, Constantino Oliveira, atribuindo o reajuste médio do setor (aumento de 40,96% nas tarifas aéreas em setembro e outubro, segundo o IBGE) a itens como variação no preço do combustível, inflação e a convenção coletiva, ainda não assinada. O economista sustenta que um reajuste de 2,6% nas tarifas já seria suficiente para os 13% reivindicados. Ainda segundo Toledo, a proposta do Snea é a pior proposta apresentada por qualquer entidade empresarial neste ano.