Bancários apresentam aos bancos medidas para conter a covid nas agências
Retorno ao home office, redução da exposição ao vírus, controle do acesso de clientes são algumas das demandas que bancos ficaram de analisar
Publicado 18/01/2022 - 19h39
São Paulo – Diante do avanço no número de casos de bancários contaminados pela covid-19, o Comando Nacional da categoria reuniu-se hoje (18) com a federação dos bancos (Fenaban) para cobrar providências. Os trabalhadores querem que os protocolos de segurança sanitária sejam mantidos para garantir a saúde e a vida da categoria. Também como forma de reduzir a propagação e o contágio da população pelo vírus e suas variantes.
Os representantes dos bancários também solicitaram à Fenaban a suspensão de visitas a clientes durante essa nova onda de alta de casos da covid-19. Os bancários querem, ainda, a retomada do teletrabalho em home office e o compromisso com a não-demissão. Além disso, a volta do controle de acesso às agências bancárias e a melhoria do atendimento em telemedicina, entre outras reivindicações.
A Fenaban informou que levar aos bancos as demandas apresentadas pelos representantes dos bancários e apresentar uma resposta. Assim, uma nova reunião deve ocorrer na semana que vem.
“Já havíamos falado com os bancos anteriormente sobre a necessidade da manutenção da segurança quando fosse retomada as atividades. Mas, neste momento em que a covid-19 está se espalhando, tanto nas capitais quanto no interior dos estados, de forma muito rápida (e, juntamente com ela, a gripe H3N2), os bancos retomaram as atividades e flexibilizaram os protocolos sem considerar este cenário, o que prejudica a segurança da categoria, dos clientes e de toda a população”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
Protocolos para todos
A dirigente alerta que os bancários com sintomas de gripe ou de covid-19 precisam ser afastados e a agência deve ser sanitizada. “Essa é a regra. Além disso, tem de fazer testes em quem está com sintoma e nos seus colegas de trabalho”, completou.
“Manter os protocolos é importante não apenas para garantir a saúde dos bancários, mas também para evitar o contágio da população e o surgimento de novas variantes”, acrescentou o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles.
A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, também coordenadora do Comando, destacou a situação emergencial vivida novamente no Brasil e no mundo. “E, neste momento, precisamos ter a agilidade, a preocupação e atenção que tivemos no início da pandemia”, avalia. “Nós e os bancos precisamos nos manter firmes para que a categoria não seja contaminada e para que as agências não sejam focos de propagação da doença”, afirmou, cobrando para que os protocolos sejam mantidos e os bancos garantam a distribuição de EPIs e demais materiais de segurança e sanitização.
O que os bancários cobram
- Sanitização das agências e unidades administrativas com casos confirmados;
- Afastamentos de bancários com casos confirmados e suspeitos até que o resultado do teste;
- Testagem dos bancários;
- Exigência do passaporte da vacina dos clientes;
- Distribuição de máscaras adequadas (PFF2/N95) para os funcionários;
- Protocolo unificado;
- Retomada do teletrabalho em home office;
- Controle de acesso de clientes;
- Redução do horário de atendimento para reduzir tempo de exposição;
- Garantia álcool-gel nas agências e departamentos;
- Manutenção de marcação do distanciamento;
- Suspensão de visitas a clientes, pelo menos neste momento de alta de casos de infecção;
- Melhorar o atendimento da telemedicina;
- Compromisso com a não-demissão;
- Antecipação da vacinação contra a gripe.